Bomba de Hiroshima – O que foi? Objetivos e Consequências

Todo mundo admite que a Segunda Guerra Mundial foi um cenário repleto de atrocidades, não somente provenientes dos combates e dos bombardeios, mas também por milhões de vítimas que sofreram com o Nazismo. Entretanto, não é possível esquecer do uso das bombas atômicas.

As bombas atômicas foram usadas uma única vez naquele momento e, até hoje, são consideradas o maior atentado terrorista da história da humanidade. Entenda o que foi a Bomba de Hiroshima, quais foram as causas e as consequências dessa ação.

bomba de Hiroshima

O que foi a Bomba de Hiroshima?

Bomba de Hiroshima é o nome dado ao primeiro episódio em que a primeira bomba atômica foi utilizada na história. Na realidade, esse armamento em si foi batizado com o nome Enola Gay – ironicamente conhecido como Little Boy (“garotinho, pequeno garoto”, em tradução ao português). Essa é a arma que mais provocou mortes, pelo pouco tempo de ação que teve.

Pelo nome do episódio, você pode imaginar o alvo. Foi a cidade de Hiroshima, uma das maiores em termos populacionais do Japão (na época, eram cerca de 325 mil habitantes), que sofreu com o atentado. A maioria das vítimas era a população civil, que, infelizmente, não tinha nada de responsabilidade sobre a guerra travada entre Japão e Estados Unidos.

O ataque a Hiroshima aconteceu no dia 6 de agosto de 1945, às 8 horas e 15 minutos da manhã. A partir desse dia, a história da humanidade entenderia o poderio de uma arma atômica.

Embora tenha sido a primeira, a Bomba de Hiroshima não foi a última. Três dias depois, em 9 de agosto de 1945, às 11 horas e 2 minutos da manhã, Nagasaki recebeu uma bomba ainda mais forte do que aquela que havia explodido em Hiroshima, ganhando o nome de Fat Man (“homem gordo”, em tradução ao português).

Quais foram os objetivos das bombas atômicas?

bombas de Hiroshima e Nagasaki

Os bombardeios provocados nas cidades de Hiroshima e Nagasaki foram causados pelos Estados Unidos da América. A finalidade era aterrorizar a população japonesa, pois assim se evitaria uma invasão aos Estados Unidos e colocaria fim à guerra.

Embora a Segunda Guerra Mundial tenha se dado por finalizada em maio de 1945, com a rendição da Alemanha, a guerra no Pacífico perdurou por mais dois meses. Os Estados Unidos estavam em conflito contra o Japão a seu favor – isso desde as batalhas do Mar de Coral e de Midway, em 1942. A resistência japonesa era realizada com os kamikazes, pilotos que jogavam seus aviões cheios de bombas em direção aos navios da marinha dos EUA, ou seja, eles se suicidavam.

Enquanto isso, em paralelo aos combates na Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos estavam desenvolvendo o Projeto Manhattan, uma iniciativa de pesquisa que visava desenvolver um armamento que tinha como base a fissão do átomo.

O primeiro teste do projeto foi realizado, e com sucesso, no dia 16 de julho, em um deserto, no estado do Novo México. Para evitar a invasão ao Japão, o então presidente dos Estados Unidos, Henry Truman, decidiu fazer o uso da bomba atômica, pois o país asiático havia recusado aceitar a sua rendição proposta pelos EUA. E foi por isso que a Bomba de Hiroshima aconteceu e, posteriormente, a de Nagasaki.

Vale lembrar que, em 1941, os japoneses realizaram um ataque surpresa à base americana de Pearl Harbor, causando a morte de mais de 2 mil pessoas. Por isso, é possível dizer que o ato de lançar a bomba atômica foi uma vingança extremamente desproporcional e deliberada, afinal a diferença na quantidade de vítimas é inacreditável.

Consequências das bombas atômicas

bomba de Hiroshima e Nagasaki

O bombardeio despejou uma bomba de urânio sobre a cidade de Hiroshima. Sua explosão, a 570 metros do solo, formou uma imensa bola de fogo, gerando uma temperatura de 300 mil graus Celsius. A característica nuvem de fumaça, na forma de cogumelo, alcançou mais de 18 quilômetros de altura.

A cidade de Hiroshima está localizada no centro de um vale, o que aumentou o impacto da explosão nuclear. Em um raio de 2km (a partir da área sobre a qual a bomba explodiu), a destruiu foi absoluta: as pessoas foram desintegradas – muitas mortes não foram confirmadas justamente pela falta de cadáver.

Existem estimativas de que mais de 140 mil pessoas tenham morrido nesse atentado. Três dias depois, a cidade de Nagasaki recebeu um bombardeio de plutônio: mais de 70 mil pessoas foram vítimas da ação direta da bomba. A “sorte” do menor número de vítimas em Nagasaki deu-se pela topografia da cidade, pois ela está localizada entre montanhas.

No entanto, as irradiações dos efeitos das bombas de Hiroshima e Nagasaki provocaram a morte de dezenas de milhares de pessoas – a saúde foi seriamente comprometida: ou elas foram incineradas pelo calor ou foram morrendo aos poucos, por causa da radiação.

As enormes perdas fizeram com que o Imperador japonês assinasse a rendição da nação, no dia 2 de setembro de 1945. As bombas atômicas nunca mais foram usadas em guerras, muito embora elas ainda sejam empregadas em testes, para que os países consigam exibir poder.

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Jornalista formada pela PUCPR, tem 21 anos e é viciada em música de todos os tipos, livros e séries. Mestre em curiosidades inúteis, está sempre procurando fugir da rotina.

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