Tarsila do Amaral – Quem foi? Biografia, Importância e Obras. Com Exercícios!

No Brasil, a fase modernista ganhou um nome de peso que até hoje é mundialmente reconhecido: Tarsila do Amaral. Ao lado de Anita Malfatti, Tarsila foi uma figura importante na primeira fase do movimento modernista do país.

Entenda quem foi Tarsila do Amaral, sua biografia e importância, além de conhecer suas principais obras e certas curiosidades, só aqui no Gestão Educacional! Ao final, você poderá testar os seus conhecimentos com os exercícios que preparamos!

Quem foi Tarsila do Amaral?

Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira, nascida em 1º de setembro de 1886, na cidade de Tarsila AmaralCapivari, interior do Estado de São Paulo.

Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, Tarsila passou a infância nas fazendas da sua rica e tradicional família.

Biografia

Tarsila do Amaral estudou em São Paulo e em Barcelona, na Espanha, onde terminou seus estudos. Seu primeiro quadro foi produzido nessa época (1904), chamado de “Sagrado Coração de Jesus”.

Ao retornar ao Brasil, Tarsila do Amaral se casou com André Teixeira Pinto, gerando uma filha chamada Dulce. Alguns anos depois, porém, o casal se separou, e isso fez com que Tarsila iniciasse seus estudos em arte.

No começo, fez escultura com William Zadig, posteriormente tendo aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino. Foi nesse ano, 1918, que Tarsila conheceu Anita Malfatti.

Em 1920, viajou para Paris a fim de estudar na Académie Julien com Émile Renard. Sua estadia na capital francesa durou até junho de 1922, quando Anita Malfatti lhe contou sobre a Semana de Arte Moderna – que havia acontecido em fevereiro daquele ano.

Tarsila do AmaralAo retornar ao Brasil, Tarsila do Amaral iniciou sua participação no grupo modernista – conhecido como “Grupo dos Cinco”: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Oswald de Andrade. Foi nessa época que Tarsila e o escritor Oswald de Andrade começaram um romance.

Em dezembro de 1922, ela retornou a Paris e logo em seguida foi Oswald para encontrá-la.

Em 1923, Tarsila estudou com um mestre cubista que ficou admirado por sua tela “A Negra”. Com essa obra, Tarsila entrou para a história da arte moderna do Brasil. Outros cubistas também estiveram presentes na vida de Tarsila, chegando a conhecer Picasso.

Em 1924, em Minas Gerais, Tarsila do Amaral se inspirou e realizou um conjunto de trabalhos que ficaram conhecidos como “fase Pau Brasil”, mergulhando na temática nacional.

No ano de 1926, a artista fez sua primeira exposição individual em Paris. No mesmo ano, casou-se com Oswald de Andrade.

Em 1928, Tarsila pintou “Abaporu” como um presente de aniversário para seu marido. O nome da obra significa “homem que come carne humana” e foi considerado o mais impressionante quadro de Tarsila, pois, com ele, Oswald criou o Manifesto Antropófago e fundou o Movimento Antropofágico.

No ano seguinte, Tarsila fez sua primeira exposição no Brasil. A Crise da Bolsa de Nova York  e a crise do café no Brasil transformaram a vida de Tarsila – além do mais, nesse mesmo tempo, ocorreu o divórcio entre ela e Oswald, por causa de uma traição do marido.

Durante o ano de 1931, com o novo namorado – um médico comunista –, Tarsila do Amaral fez uma exposição em Moscou. Ela também iniciou suas participações nas reuniões do Partido Comunista Brasileiro e foi presa durante um mês. Posteriormente, seu namoro havia terminado o relacionamento e ela não mais se envolveu com política.

Outros pontos de sua biografia incluem a participação na I Bienal de São Paulo, em 1951, além de uma sala especial na VII Bienal de São Paulo, chegando a marcar presença na Bienal de Veneza, no ano de 1964.

Tarsila do Amaral perdeu a filha em 1966, tendo a artista falecido somente em 1973.

Importância de Tarsila do Amaral

Operários Tarsila

Tarsila do Amaral foi e ainda é de extrema importância para a arte contemporânea, integrando-se à vanguarda intelectual e artística daquela época.

A pintora tinha uma habilidade ímpar de garantir que os ideais modernistas fossem concretizados, por meio da união da “brasilidade” de suas obras e das influências que recebeu durante seus períodos na Europa.

Ela ganhava força por destacar as cores marcantes dos cenários representativos do Brasil, expondo a fauna, flora e folclore local para o mundo inteiro. Ela mesma dizia que queria ser uma pintora do Brasil, reproduzindo os ideias daqui e não de outros países ou outras culturas.

Ela foi um dos principais nomes do movimento Modernismo brasileiro, chocando com sua quantidade de cores, por representar cenas locais e por fugir do padrão europeu de beleza artística, querendo colocar o Brasil no mapa por artes próprias e que valorizassem a cena local.

Principais obras

As obras de Tarsila do Amaral são divididas por períodos:

  • Primeiros anos (1904-1922);
  • Início do Cubismo (1923);
  • Pau Brasil (1924-1928);
  • Antropofágica (1928-1930);Abapuru Tarsila
  • Social (1933);
  • Dos anos 30 aos 50;
  • Neo pau Brasil 1950.

Algumas das obras mais marcantes de Tarsila são:

  • A Cuca (1924);
  • A Negra (1923);
  • Abaporu (1928);
  • Antropofagia (1929);
  • Carnaval em Madureira (1924);
  • O Mamoeiro (1925);
  • O Pescador (1925);
  • Operários (1933).

Por curiosidade, “Abaporu” foi sua obra mais famosas e é de posse de um colecionar argentino. Na verdade, o quadro está no Museu Arte Latino-Americano de Buenos Aires (Malba).

Outra curiosidade importante sobre Tarsila do Amaral é bem recente: a pintora ganhou uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), mostrando ao mundo como foi sua influência no Movimento Modernista.

Agora que você já conhece um pouco mais a respeito da vida, obra e biografia completa de Tarsila do Amaral, que tal testar os seus conhecimentos com os exercícios que preparamos? Basta rolar até o final da página e se divertir! Ah, e não esqueça de desafiar os seus amigos também!

Jornalista formada pela PUCPR, tem 21 anos e é viciada em música de todos os tipos, livros e séries. Mestre em curiosidades inúteis, está sempre procurando fugir da rotina.

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