Extinção das profissões – 10 trabalhos ameaçados de extinção

As inovações tecnológicas recentes têm produzido muitas facilidades no nosso dia a dia. Trata-se de uma verdadeira revolução, que tem modificado até mesmo a forma como vivemos, consumimos e nos relacionamos. A questão é que todas essas novidades também causam dor de cabeça para muitos indivíduos de nossa sociedade.

Um desses problemas é a extinção de profissões, que tem ocorrido em várias áreas, impondo que as pessoas se adaptem cada vez mais rapidamente a essa nova realidade. O mercado de trabalho tem se transformado numa velocidade maior, o que obriga todos a se qualificarem, permanecerem atualizados e atentos.

10 profissões ameaçadas de extinção

Recentemente, o portal de empregos CareerCast divulgou uma lista com as 10 profissões mais ameaçadas nos Estados Unidos. O estudo se baseia na média salarial anual de cada função e num cálculo a respeito da perspectiva de contratação até 2022. Como o estudou foi feito nos EUA, nem todas as profissões correspondem ao mercado brasileiro, embora apontem o impacto que as tecnologias estão impondo na nossa sociedade. Veja:

  1. Carteiro: com o crescimento do uso de e-mails e redes sociais, além de muitos pagamentos estarem sendo feitos on-line, o trabalho do entregador de correspondências aponta uma forte queda nos próximos anos, gerando uma redução de até 28% na oferta de vagas;
  2. Agricultor: com o aumento do uso de máquinas no campo, cada vez menos homens são necessários em muitos trabalhos feitos na lavoura. Por isso, a expectativa é de que haja uma queda de 19% nas vagas nos EUA até 2022.
  3. Leitor de medidores: uma função muito comum e que tende a desaparecer é o de leitor de medidores, pois já têm surgido ferramentas que funcionam remotamente e poderão substituir definitivamente a ida de um funcionário público até as casas. Espera-se uma queda de 19% na oferta de postos de trabalho;
  4. Repórter de jornal impresso: com o advento da internet, muitos jornais impressos têm perdido espaço no mercado e acabam priorizando edições on-line, sem imprimir seus conteúdos. Além disso, já há experimentos avançados de robôs escrevendo matérias básicas, o que pode até mesmo prescindir do jornalista em alguns casos. Até 2022, a retração de postos de trabalho deve ser de 23%;
  5. Agente de viagens: o crescimento de sites que oferecem passagens de avião e pacotes de hotel e passeio têm provocado uma redução nas ofertas de vagas na área do turismo. Além disso, há diversos aplicativos e páginas na internet que permitem que as pessoas compartilhem suas experiências em viagens. A diminuição projetada de vagas é de 12%;
  6. Lenhador: os incrementos tecnológicos no setor madeireiro preveem uma derrubada de 9% na previsão de contratação dessa função nos EUA;
  7. Comissário de bordo: a fusão de companhias aéreas e a diminuição na oferta de voos são vistos como entraves para o mercado, o que tende a reduzir a contratação desses profissionais em 7% até 2022;
  8. Operador de furadeira: com a máquinas avançando em cada vez mais áreas, o operador de furadeira não deve ser mais imprescindível no futuro. Para 2022, a expectativa é que esse mercado de contratação caia pelo menos 6%;
  9. Funcionário de gráfica: com um mundo mais preocupado em reduzir o consumo de papel para diminuir o desmatamento, esse tipo de trabalhador deverá ser cada vez menos demandado. A expectativa é de queda de 5% na contratação desses profissionais;
  10. Fiscal de impostos: devido às reduções orçamentárias dos últimos anos e ao incremento de softwares que facilitam muito as tarefas diárias, esse profissional tem sido pouco procurado pelas empresas da área, o que leva a uma projeção de queda de 4% na oferta de vagas desse setor.

Profissionais precisam se ajustar às novas tendências

Para especialistas no mercado de trabalho, a automatização tem provocado mudanças nos cargos e nas funções nas empresas. Essa conjuntura impõe que as pessoas estejam preparadas e se ajustem a essas novas tendências.

“Os profissionais deverão se qualificar ainda mais, uma vez que vão ocupar uma função estratégica e menos braçal”, declarou Edson Moraes, coach executivo da empresa Espaço Meio e mestre em gerenciamento de projetos pela George Washington University, em reportagem do Correio Braziliense.

O coach oferece ainda algumas dicas para que os indivíduos enfrentem a nova realidade e se encaixem ao mercado de trabalho:

  • Busque trabalho e não emprego, entendendo que é fundamental gostar da profissão para que as demandas sejam cumpridas com satisfação e qualidade;
  • Estude e fique sempre atualizado a respeito da sua profissão, mas também em áreas similares e em outros assuntos de seu interesse;
  • Pesquise outras posições dentro de sua área e também outras carreiras em que você pode aproveitar a sua experiência. É importante se adaptar às novidades.

Jornalista com 15 anos de experiência, é mestre em América Latina pela Universidade de São Paulo (USP) na linha de pesquisa Práticas Políticas e Relações Internacionais.

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