Conferência de Berlim: conheça a reunião que resultou na “partilha” do continente africano

A Conferência de Berlim reuniu 15 nações entre 1884 e 1885, com o objetivo de discutir a ocupação no Continente Africano.

Por Douglas Nunes da Silva em 20/12/2022, às 03:12 (Atualização: 16/12/2022, às 07:12)

A Conferência de Berlim reuniu 15 nações entre 1884 e 1885, com o objetivo de discutir a ocupação no Continente Africano, em meio ao surto neocolonialista. Entenda um pouco dessa história neste artigo.

O que foi a Conferência de Berlim?

Foi um debate intenso entre potências, que discutiam acordos e regras para a ocupação e exploração do Continente Africano. A Conferência de Berlim teve como liderança o chanceler alemão Otto Von Bismarck.

Isso aconteceu porque muitos países da Europa viviam um momento de desenvolvimento tecnológico e um desenvolvimento industrial. Esta situação trazia necessidade de mais matéria-prima.

Por conta disso, os continentes africanos e asiáticos foram alvos de intensa exploração.

Só que a ocupação não ocorria com este argumento. A justificativa dos líderes dessas nações era de que havia a necessidade de civilizar e acabar com a escravidão na África. Seria possível também levar o cristianismo e outras características dos europeus.

Os participantes e os debates da Conferência

A Conferência de Berlim contou com a participação de Portugal, Grã-Bretanha, Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Império Alemão, Império Austro-Húngaro, Império Turco-Otomano, Rússia e Estados Unidos.

Nesta lista tinham inclusive países que não possuíam colônias na África, como Estados Unidos, Império Alemão e Império Turco-Otomano.

As negociações ocorriam de forma secreta, como era comum na época. O evento durou três meses, com diversas sugestões de uma possível divisão amistosa entre os territórios.

Consequências da Conferência de Berlim

A consequência da Conferência de Berlim foi a divisão do território africano entre os países participantes. Além disso, foi garantida também a liberdade comercial na bacia do Congo e também no Rio Níger. Definiram também a proibição da escravidão.

Porém, não foi o suficiente para resolver todos os conflitos. Muito desse debate sobre o Continente Africano se manteve e levou à Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

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