Dia a dia ou Dia-a-dia? Tem hífen ou não?

O correto é Dia a dia ou Dia-adia? Ou seja, a expressão "dia a dia" tem ou não hífen (dia-a-dia)? Isso é o que você descobre aqui!

Como em quase toda expressão, palavra ou locução adverbial composta por mais de um termo, há a dúvida: tem ou não tem hífen? Nesse post, vamos falar sobre a locução adverbial dia a dia (ou seria dia-a-dia?).

Afinal, tem ou não tem hífen?

Não, dia a dia não tem mais hífen! Agora, o correto é escrever dia a dia, pela mudança instituída no acordo ortográfico de 2016 (antes de 2016, realmente se escrevia dia-a-dia – se você ver essa forma de escrita em algum livro antigo, sim elas já esteve correta).

Significado e exemplos!

A locução adverbial dia a dia refere-se ao conjunto de atividades que fazemos no decorrer dos nossos dias de forma habitual, ou seja, no nosso cotidiano. Outro sinônimo da palavra pode ser rotina.

Como usamos a locução adverbial dia a dia?

Veja alguns exemplos:

  • O meu dia a dia está uma loucura!
  • A greve afetará o dia a dia do trabalhador da empresa.
  • Assim, no dia a dia, é que temos que manter a disciplina.
  • O jornalista está interessado no dia a dia dos políticos.
  • A violência nas ruas cresce dia a dia.
  • Essas roupas são para o meu dia a dia, aquelas são para ocasiões especiais.

O que mudou no acordo ortográfico?

No acordo ortográfico de 2016, foi instituído que não se usa mais hífen entre palavras ligadas por preposições, pois agora esses termos são interpretados como expressões. Fica difícil lembrar de tantas mudanças nas regras do português, né?

Vamos te ajudar então com outros exemplos de palavras que não precisam mais (ou nunca precisaram) de hífen:

  • Sala de jantar
  • Boca de urna
  • Queda de braço
  • Mão de obra
  • Café com leite
  • Fim de semana
  • Lua de mel

Referências

CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37 edição. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 2009.

Graduada em Letras inglês-português pela UNESP-Araraquara e mestre em Estudos Linguísticos (linha de pesquisa Estudos da tradução) pela UNESP- São José do Rio Preto. Professora de português e inglês, redatora comercial e tradutora EN><PT, Fui bolsista CAPES na graduação pelo programa Residência Pedagógica, dando aulas de inglês para sexta série da Educação de Jovens e adultos e durante o mestrado, desenvolvendo a pesquisa "Makumba: Uma proposta de Matrigestão Tradutória à Poética de Amiri Baraka", no qual executei as primeiras traduções para o português de poemas selecionadas do livro Black Magic (1969), do autor afro-americano Amiri Baraka. Hoje, atuo como professora de inglês na escola Aliança América e Redatora para WebGo/Gridmídia, bem como desenvolvo projetos como tradutora, redatora e professora de inglês e português freelance para diversas empresas e contratantes particulares.

Deixe seu comentário