Dia Internacional da Mulher – Quando é? História e Importância

O Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 08 de março, tendo sua celebração iniciado no final do século XIX, nos Estados Unidos, diante do contexto de lutas femininas por condições de trabalho e pelo direito ao voto.

A celebração da data é feita a nível mundial, sob influências da Organização das Nações Unidas (ONU), a qual valoriza a exaltação das mulheres, o que é feito tradicionalmente com presentes simbólicos, como flores, chocolates, poemas e frases.

História do Dia Internacional da Mulher

O ocorrido que deu origem ao Dia Internacional da Mulher foi um incêndio proposital da fábrica têxtil em Nova York,  nos Estados Unidos, em 1857, que matou cerca de 130 operárias, que reivindicavam a diminuição da carga horária (na época de 12 horas) e o direito à licença maternidade, visto que muitas mulheres tinham seus filhos dentro das fábricas para respeitar os rígidos horários.

Uma das sobreviventes, Rosey Safran, relatou como aconteceu os fatos, em entrevista à Carta Capital : “eu, junto com outras moças, estava no vestiário do oitavo andar do Asch Building, na Washington Place, às 4h40 em ponto, da tarde de sábado, 25 de março, quando ouvi alguém gritar “Fogo!”. Larguei tudo e corri para a porta que dá para Washington Place”, conta.

No entanto, quando chegou à fábrica, não imaginaria que seria testemunha de um dos crimes contra as mulheres mais emblemáticos da história. Nas próprias palavras da sobrevivente: “as meninas se amontoavam atrás dela. Eles (os chefes) mantinham todas as portas fechadas a chave, o tempo todo, por medo de que as meninas roubassem alguma coisa. Algumas estavam gritando, outras esmurrando a porta com os punhos, outros tentando derrubá-la.” descreve.

operárias

Em homenagem às vítimas, durante a Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, em 1910, foi criada a data de celebração do Dia Internacional das Mulheres, como uma forma de exaltar a importância delas na sociedade e a luta pela igualdade de gêneros. 

Depois do incêndio, as lutas trabalhistas e sociais ganharam força. Em março de 1908, cerca de 1500 mulheres reuniram-se em Nova York para manifestar contra os abusos nas fábricas e dentro de casa. Os protestos, na ocasião, foram os primeiros movimentos massivos em prol dos direitos das mulheres. No entanto, a luta feminina por igualdade teria surgido muito antes, aproximadamente no século 15.

A mulher ao longo do tempo – Lutas e conquistas

Século 15: as mulheres que resistissem às imposições da Igreja ou que praticassem cultos que não fossem católicos eram queimadas vivas em fogueiras pela Inquisição;

Século 17: oficializou-se uma teoria de que as mulheres poderiam ser iguais aos homens se tivessem oportunidade ao estudo;

1800: as mulheres começam a trabalhar nas fábricas para suprir a falta de demanda masculina por conta da Guerra;

1850: primeiros protestos contra a exploração feminina nas fábricas;

1910: criação do dia internacional da mulher;

1917: mais de 100 mil operárias manifestaram-se contra Czar Nicolau II, alegando más condições de trabalho, fome e participação na guerra. A manifestação, na época, ficou conhecida como “Pão e Paz”;

1934: as mulheres brasileiras conquistam o direito ao voto;

1948: Simone de Beauvoir publica o livro “O segundo sexo”, o qual reflete sobre a posição de inferioridade da mulher ao longo da história e a influência de milhares de movimentos feministas no  mundo, que tomam posições mais radicais;

1968: revolução cultural francesa estipula metas a serem conquistadas no direito das mulheres, como o desenvolvimento da pílula anticoncepcional;

1975: acontece o Congresso da Mulher Metalúrgica, o primeiro evento de trabalhadoras mulheres;

1975: é criado o primeiro plano internacional para a preservação dos direitos das mulheres, pela ONU, no México;

2006: cria-se a Lei Maria da Penha para criminalizar a violência contra a mulher, seja ela física, psicológica ou conjugal.

Por que comemorar o Dia da Mulher?

Dia-Internacional-da-Mulher

Essa data é vista como um símbolo para a emancipação dos benefícios da mulher perante a sociedade. Com ela, são reconhecidas batalhas e sacríficos realizados por mulheres para conquistar os direitos básicos.

Embora essa lutas sejam antigas, esses benefícios ainda estão ameaçados. No Brasil, por exemplo, ainda luta-se por salários iguais entre homens e mulheres que ocupam as mesmas posições. Também, são discutidas pautas como a descriminalização do aborto e o feminicídio.

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pós-graduanda em Negócios Digitais. Tem mais de 600 artigos publicados em sites dos mais variados nichos e quatro anos de experiência em marketing digital. Em seus trabalhos, busca usar da informação consciente como um instrumento de impacto positivo na sociedade.

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