Dogmatismo – O que é? Tipos e Exemplos

Dogmatismo é um tema recorrente quando se fala em religião, mas a verdade é que essa é uma questão que não se limita somente ao âmbito da fé, sendo aplicada, também, na filosofia.

Não sabe o que é dogmatismo? Sem problemas! A seguir, explicamos do que se trata, abordando as percepções religiosa e filosófica. Confira e aprenda o assunto definitivamente, só aqui no Gestão Educacional!

O que é dogmatismo

dogmatismo o que é

O dogmatismo trata coisas e ideias como verdades absolutas. De maneira prática e resumida, pessoas dogmáticas acreditam de forma submissa em algo que lhe foi imposto, sem questionar se é verdade. Atualmente, o dogmatismo é dividido em três grupos principais:

  • Dogmatismo ingênuo: é composto por aqueles que acreditam nos dogmas porque acham que não poderia existir outra verdade;
  • Dogmatismo racional: contempla um grupo de pessoas que acredita ser capaz de ter conhecimento e chegar até a verdade utilizando uma abordagem metódica e um pouco mais racional;
  • Dogmatismo irracional: abrange aqueles que acreditam que seja possível atingir a verdade e o conhecimento por meio da fé, da revelação e da intuição, portanto, por meios não racionais, mas emocionais.

Dogmatismo religioso

As religiões são um exemplo ideal e prático de dogmatismo, principalmente a cristã, que segue e prega como verdade absoluta tudo aquilo que está na bíblia, sem questioná-la.

Um ótimo exemplo dessa submissão aos dogmas católicos é a noção de que Deus é único, que não existiriam outros, e que ele teria criado o universo como conhecemos hoje a partir do nada.

Há, ainda, dogmas creditados à Virgem Maria, mãe de Jesus, que seria pura e sem pecados, além de outros associados a seu filho, como a ressuscitação, chegando a levantar do próprio sepulcro.

Quem segue a religião cristã, entre outras, acredita em dogmas sem questioná-los, tomando-os como verdades absolutas. Existe, portanto, uma relação de submissão (do fiel) e de autoridade (aquele que impõe o dogma).

Dogmatismo filosófico

O conceito de princípio é marcante no dogmatismo filosófico. Quem segue essa doutrina acredita que as coisas podem ser críveis sem serem contestadas, porque são fundamentadas em princípios.

Fica mais fácil entender essa questão sabendo que para um filósofo dogmático basta a opinião. Tudo o que a extrapola e mostra que aquilo em que acredita não é verdadeiro é automaticamente deixado de lado.

Portanto, filósofos dogmáticos afirmam que determinadas coisas são verdades absolutas sem questioná-las, fazer análises ou discuti-las para se atingir um consenso.

Curiosamente, há inúmeros filósofos que seguiram essa linha do dogmatismo. Na Antiguidade Clássica, por exemplo, Platão (428 a.C. a 347 a.C.) e Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.) são dois grandes representantes.

Já no século XVIII, o filósofo Immanuel Kant (1724 a 1804) se tornou um dos grandes nomes associados ao dogmatismo, especialmente por sua obra intitulada Crítica da Razão Pura.

Dogmatismo e ceticismo

O dogmatismo é o contrário do ceticismo, doutrina que acredita no alcance da verdade com o questionamento, baseando no conhecimento e na análise de fatos.

Desse modo, é possível afirmar que o ceticismo tem como base a dúvida. Tudo o que for apresentado como verdade absoluta a um cético será questionado, avaliado e reconsiderado.

Por isso, é de se imaginar que, há tempos, dogmáticos e céticos entram em debate, numa tentativa de estabelecer o que é verdadeiro, seja baseado em crenças ou em fatos.

Dentro do ceticismo é possível encontrar dois grupos específicos, sendo um deles o dos céticos científicos, composto por aqueles que questionam a verdade com base na ciência, e dos céticos filosóficos, que são voltados à análise da verdade considerando a mente humana.

Dogmatismo no dia a dia

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O dogmatismo não fica restrito ao âmbito religioso ou filosófico, como muitos pensam. Frequentemente, as pessoas adotam atitudes dogmáticas sem se darem conta disso. Um excelente exemplo é quando se diz que política é um assunto que não se discute.

Ao verbalizar isso, assume-se que valores associados à política não podem ser questionados, ou seja, são verdades absolutas e não podem ser reavaliados, seja pela pessoa ou por um grupo específico.

Esse mesmo exemplo pode ser aplicado a outros temas não tão polêmicos, como o futebol ou a paixão por um determinado time. Portanto, o dogmatismo está mais presente no dia a dia do que se pensa.

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pós-graduanda em Negócios Digitais. Tem mais de 600 artigos publicados em sites dos mais variados nichos e quatro anos de experiência em marketing digital. Em seus trabalhos, busca usar da informação consciente como um instrumento de impacto positivo na sociedade.

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