A força de atrito é uma força estabelecida entre o contato de duas superfícies. Por acontecer sempre no sentido contrário à força aplicada sobre os corpos, a força de atrito dificulta o movimento dos objetos.
O atrito é causado pela irregularidade de duas superfícies, porém podemos imaginar superfícies que não possuem atrito entre si: se duas superfícies metálicas polidas e limpas são colocadas em contato em alto vácuo, elas não deslizam uma sobre a outra, mas sim se soldam a frio, formando uma única peça.
As forças de atrito são inevitáveis na vida diária. Se não fôssemos capazes de vencê-las, fariam parar todos os objetos em movimento.
Um exemplo interessante da aplicação da força de atrito está nos postos de abastecimento. Cerca de 20% da gasolina consumida por um automóvel é utilizada para compensar o atrito das peças do motor e da transmissão.
Por outro lado, se não houvesse atrito, não poderíamos fazer um automóvel ir a algum lugar, nem usaríamos lápis e pregos, e tecidos iriam se desmanchar.
O principal exemplo cotidiano de como age a força de atrito é o contato de um carrinho de supermercado com o chão. Ao empurrá-lo, a lei da inércia – uma das Leis de Newton – prevê que o objeto fará um movimento continuo, mas, por conta da força de atrito agindo contrariamente, o corpo perderá a força e desacelerará continuamente até parar.
Sendo assim, é exemplo de força de todo tipo de superfície que entra em contato com outra superfície, como a mobília de uma casa, os carros numa rua, o movimento dos humanos, dos animais, das máquinas, entre outros.
Na física, há dois tipos de força de atrito: o estático e o cinético.
Imagine a seguinte situação: se você der um empurrão em um livro que está em uma mesa, ele irá deslizar durante um tempo, até a velocidade diminuir e se anular. De acordo com a Segunda Lei de Newton, existe uma força, paralela à superfície da mesa, com sentido oposto à velocidade do livro. Essa força é o atrito.
Empurre um caixote pesado paralelamente ao chão. Caso o caixote não se mova, de acordo com a Segunda Lei de Newton, uma força deve estar atuando sobre o caixote para se opor à força que você está aplicando. Essa segunda força tem o mesmo módulo da força que você aplicou, mas atua em sentido contrário, de modo que as duas forças se equilibram. Essa segunda força é uma força de atrito chamada atrito estático. Ela se equilibra com a força que você fez para puxar o caixote, deixando o objeto imóvel.
Quando você finalmente excede a intensidade máxima da força de atrito, o caixote começa a se mover. Ou seja, à medida que você aumenta a intensidade da força aplicada, a intensidade da força de atrito estático também aumenta, fazendo o caixote permanecer em repouso. Entretanto, quando a força aplicada atinge uma certa intensidade, o caixote começa a se mover e existe uma nova força de atrito se opondo a esse movimento: o atrito cinético.
Ou seja, enquanto o objeto está parado, o atrito estático está agindo sobre ele. Agora, quando se movimenta, o atrito cinético está tentando atrapalhar esse movimento.
Resumidamente:
Em geral, a intensidade da força de atrito cinético é menor que a intensidade da força de atrito estático. Assim, para que um caixote se mova, você deve aplicar uma força maior no começo, para iniciar o movimento, e, em seguida, poderá diminuir a força aplicada.
Para cada um dos tipos de força de atrito, há fórmulas que calculam a quantidade de força de atrito aplicada sobre um determinado objeto, em uma situação em específica.
São elas:
Fate = μe.N
Sendo que as siglas representam:
Fatd = μd.N
Na fórmula, as siglas representam:
A intensidade da força de atrito depende de duas coisas:
O módulo da força de atrito estático ou cinético é igual ao produto do coeficiente de atrito pelo módulo da força normal às superfícies em contato.
Além disso, a força de atrito não depende da área das superfícies em contato. O coeficiente também é quase sempre menor que o estático.
A fórmula usada para calcular a força de atrito é:
Fat=µ.N
Ao estudar a fórmula da força de atrito, percebe-se que esse cálculo depende de dois fatores. O primeiro é a força normal aplicada sobre os corpos, que está apoiado no peso do objeto. O segundo é o coeficiente de atrito, o qual possui um valor diferente para cada material.
O coeficiente de atrito depende do material dos objetos. Além disso, pode ser medido com base em tabelas, variando porque cada superfície reage à força de atrito de uma força diferente.
A madeira bruta lisa, por exemplo, tende a escorregar mais do que uma superfície de cimento batido e polido:
Sabe-se, portanto, que o coeficiente de atrito estático é sempre maior do que o coeficiente de atrito cinético. Sendo assim, a força de atrito dinâmica tende a ser sempre menor do que a estática. Essa reflexão é representada pela expressão:
μest > μd
(FUVEST) Um tijolo, de peso igual a 100N, é arrastado com velocidade constante, sobre a rampa de um caminhão, de superfície horizontal. Determine a intensidade da força de atrito da superfície do tijolo, sabendo que o coeficiente de atrito é de 0,4.
Vê-se que, para resolver um exercício de força de atrito, basta aplicar as fórmulas corretas e com as grandezas de acordo com o sistema universal de unidades, resolvendo a equação corretamente, a fim de chegar ao resultado.
Graduanda em licenciatura e bacharelado em Matemática pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).
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