Globalização – Pontos positivos e negativos

Globalização é um processo de ausência ou diminuição de barreiras econômicas e imigratórias entre os países, caracterizada pelo aprofundamento das relações econômicas, sociais, culturais e políticas entre os povos e nações do mundo.

Tal fenômeno representa a integração, em nível mundial, das diferentes localidades através dos avanços promovidos no campo das comunicações e nos transportes, proporcionando uma relação global em níveis econômicos, culturais, políticos e, consequentemente, sociais.

Neste texto destacam-se os principais pontos positivos e negativos da Globalização.

Pontos positivos

Primeiramente, temos as vantagens empresariais oferecidas, bem como a expansão do capital internacional e a cooperação entre países, gerando o que chamamos de empresas multinacionais. A globalização possibilita que empresas busquem matérias-primas e mão-de- obra em outros lugares, barateando os custos da produção.

Para os países exportadores também pode ser vantajoso. No Brasil, por
exemplo, o agronegócio é o setor que mais exporta. Com a desvalorização do
real, essas transações tendem a ser mais vantajosas, pois produtos como a
soja já integram o capital internacional. Isso significa que os produtores dos
países exportadores também estão conseguindo vender mais, pois há cada vez
mais demanda pelos seus produtos.

Ao integrar o mundo através da informação, a globalização também facilita o
engajamento em grupos preocupados com temas globais. Favorecendo,
assim, o intercâmbio cultural entre países e, facilitando o contato com
práticas e hábitos de outras culturas. Ao “encurtar” distâncias, a globalização
faz com que países que ficam a milhares de quilômetros um do outro pareçam
bem mais próximos.

Pontos negativos

É importante destacar que a Globalização, apesar de estreitar os laços e
aproximar os países, não garante benefícios aos países em
desenvolvimento. Nem aos países, nem aos seus trabalhadores, que são
muitas vezes mal remunerados e trabalham em condições precárias. No geral,
os lucros são devolvidos aos países-sede, fazendo com que o capital internacional permaneça nos países mais ricos, enquanto os mais pobres são
explorados.

A partir desse ponto, temos um cenário de desigualdade internacional
preocupante. Isso se deve ao fato de que países em desenvolvimento tornam-
se especialistas em fornecer matérias-primas e mão-de-obra barata. A
globalização, dessa forma, estimula a concentração de riquezas e o
aumento da distância entre ricos e pobres.

Outra grande contradição no processo de globalização é a permissão do livre
fluxo de capital, porém não de pessoas. É o caso da crise migratória na
Europa e nos EUA, onde milhões de pessoas refugiadas em busca de
melhores condições de vida não têm sua entrada permitida.

Através desses processos, também ocorre a homogeneização cultural,
através do apagamento de costumes locais e da imposição de itens culturais
dominantes – conhecido como aculturação. Os países não dominantes da
economia mundial começam a perder sua identidade e particularidades
nacionais, deixando “o mundo todo igual”.

Referências

LIPOVETSKY, Gilles e SERROY, Jean. Cultura-mundo como mitos e como
desafios. A cultura-mundo: resposta a uma sociedade desorientada. São Paulo,
Cia das Letras, 2011, pp. 110-147.

MIRA, Maria Celeste. O global e o local: mídia, identidades e usos da
cultura. In:Revista Margem, n.3, dezembro de 1994, p. 131-149.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização – do pensamento único à
consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2006.

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