O que são fósseis – Tipos de fossilização e Como se formam

Por conta de filmes como “A múmia” muitas pessoas se familiarizaram com a carreira dos paleontólogos e o estudo dos fósseis. Os fósseis são estruturas que encontramos enterradas em diversos substratos e que nos contam histórias sobre a vida na Terra antigamente. A paleontologia, ciência que estuda os fósseis, se divide em: paleobotânica (Estudo dos fósseis de vegetais), paleozoologia (estudo de fósseis animais) e paleoicnologia (estudo de rastros antigos, como pegadas e sulcos).

O processo de fossilização depende de fatores específicos, sendo bastante difícil de ocorrer. Por conta disso, é estimado que menos de um décimo do 1% de toda a fauna que já habitou o planeta Terra tenha se tornado fóssil e bem menos que essa quantidade representa o número de fósseis encontrados até hoje.

O que são fósseis

Fósseis são os vestígios deixados pelos seres vivos depois que morrem. Em geral, correspondem as partes mais duras, como conchas, troncos e ossos que ficam preservados em roxas. Eles podem ser constituídos ainda por rastros de sua atividade, como pegadas. Para ser considerado fóssil a estrutura deve ter mais de 11 mil anos. Evidências mais novas, com menos de 11 mil anos, são chamados de subfósseis.

Em alguns casos raros, os fósseis podem ser preservados no gelo ou em âmbar, e nessas situações são preservados tanto as partes duras quanto as moles, como vísceras, peles e vasos sanguíneos. Exemplos dessa situação foram os mamutes lanudos encontrados de maneira intactos preservados no gelo.

Fóssil

Como os fósseis se formam?

A fossilização ocorre através de processos físicos, químicos e biológicos. Para acontecer, algumas condições são fundamentais. Por isso, não é fácil fossilizar os seres vivos. Para que a fossilização ocorra, deve a decomposição seja interrompida e, assim, suas estruturas sejam preservadas. Para isso, é essencial que ocorra o rápido soterramento do organismo e que não haja ação bacteriana, que degrada a estrutura. Para ser enterrado rapidamente, alguns fatores ambientais podem ajudar, como enchentes e erupções vulcânicas, que eram mais comuns antigamente.

O modo de vida e a composição química da estrutura do organismo influenciam na qualidade da fossilização. Dentre as partes animais que podem ser fossilizadas, destacam-se estruturas formadas de sílica (espículas das esponjas), calcita (carbonato de cálcio)  conchas de moluscos e os corais),quitina (esqueleto dos insetos), e a celulose (troncos de árvores).

Além das estruturas dos organismos, podem ser preservados também os vestígios, as evidências de que algo esteve ali. Por exemplo, a pegada de um animal pode ser preservada se o sedimento cair rapidamente sobre ela e preencher o vestígio, como um contramolde. Outros exemplos de vestígios são os contramoldes de conchas que depois vieram a se dissolver, ou de folhas em sedimentos carbonosos. Além disso, podem ser preservados os excrementos de animais, chamados de cropílitos, os ovos e as marcas de mordidas.

Tipos de fossilização 

O processo de formação dos fósseis pode ocorrer de diferentes formas:

Incrustação

É formado quando substâncias (como a calcita, pirita, limonita ou sílica) presentes na água são infiltradas no subsolo e se depositam ao redor do animal ou planta morto, em estágio inicial de decomposição. Esse processo é comum no interior de cavernas.

Incrustação

Permineralização

Esse processe se dá quando substâncias minerais se depositam em lacunas de ossos e troncos, formando por exemplo, a madeira petrificada. Pode levar milhões de anos para ocorrer a permineralização de um organismo.

Permineralização

Recristalização

Consiste na reorganização da parte cristalina de um mineral, conferindo maior estabilidade.

Recristalização

Carbonificação ou Incarbonização

Esse processo consiste na perda de substâncias voláteis pelo organismo (como o oxigênio, o hidrogênio e nitrogênio). Esse tipo de fossilização ocorre principalmente em estruturas de lignina, quitina, celulose ou queratina.

Carbonificação

Curiosidades sobre os Fósseis 

 

  • Na fossilização de plantas, embora folhas, caules, sementes e polens possam ser preservados, eles geralmente não são encontrados no mesmo local.
  • A grande parte dos fósseis é encontrada em locais onde, no passado, eram mares, rio ou lago. Isso porque a deposição delicada de areia, lama e sedimentos preserva melhor a estrutura e impede que seja desintegrada facilmente quando vier à superfície.
  • Ambientes com pouco oxigênio também são favoráveis ao processo de fossilização, pois impede que outros organismos se desenvolvam ali e se alimentem dos restos mortais.

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pós-graduanda em Negócios Digitais. Tem mais de 600 artigos publicados em sites dos mais variados nichos e quatro anos de experiência em marketing digital. Em seus trabalhos, busca usar da informação consciente como um instrumento de impacto positivo na sociedade.

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