A história das mulheres na luta pelo Direito ao Voto

A participação feminina na política era proibida até poucos anos. Confira neste artigo a história das mulheres na luta pelo direito ao voto.

Atualmente algo comum, a participação feminina na política era proibida até poucos anos atrás. Confira neste artigo a história das mulheres na luta pelo direito ao voto.

A origem da participação

Os debates pela participação das mulheres ganham destaque após a Revolução Francesa

Antes disso, alguns governos já haviam sido chefiados por mulheres, mas isso acontecia em regimes monárquicos. Portanto, o poder vindo de uma origem familiar.

Só que, a partir do século XVIII, mulheres como Mery Wollstonecraft e Olampe Gouges, entre outras, passaram a questionar o direito das mulheres na política. 

No Brasil, um dos grandes nomes nesta luta foi Nísia Floresta, que no século XIX também levantou essa bandeira das mulheres na luta pelo Direito ao Voto.

Na ocasião, o objetivo era garantir o poder de votar nas eleições para o Parlamento.

Lutas na justiça pelo direito ao voto

Foi no final do século XIX e começo do século XX que as principais lutas e transformações aconteceram.

Primeiramente, em 1880, o senador José Antônio Saraiva elaborou um projeto em que títulos científicos serviriam como comprovante de qualificação educacional do eleitor.

Isso fez com que a dentista Isabel de Souza Mattos solicitasse e conseguisse o registro como eleitora no Rio Grande do Sul sete anos depois.

No entanto, Isabel foi impedida de votar na eleição para a Assembleia Constituinte em 1890.

Isso intensificou os protestos nos anos seguintes e fez com que Leolinda Daltro e outras defensoras do sufrágio universal criassem o Partido Republicano Feminino, em 1910.

Bertha Lutz também foi outro grande nome deste movimento, que defendeu as mulheres na luta pelo Direito ao Voto através de revistas e demais publicações da época.

Ela entrou criou a Liga para Emancipação Intelectual da Mulher, que mais tarde mudaria de nome para Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. O objetivo era organizar diversos encontros pela defesa do direito ao voto.

Direito ao voto conquistado

A história das mulheres na luta pelo Direito ao Voto (Imagem: Patricio Hurtado/Pixabay)
A história das mulheres na luta pelo Direito ao Voto (Imagem: Patricio Hurtado/Pixabay)

O capítulo final da história das mulheres na luta pelo Direito ao Voto começou a ser construído em 1927. Naquele ano, o governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine de Farias, era defensor do voto feminino e se posicionou favorável à causa.

Isso fez com que Celina Guimarães Viana solicitasse a sua inscrição como eleitora, o que foi aceito, assim como de outras 15 mulheres. 

Porém, o Senado negou a permissão e esses votos foram anulados. Só que isso deixou ainda mais forte a luta.

Até que em 1930, o então Presidente Getúlio Vargas aceita receber representantes do Congresso Internacional Feminista. Dois anos depois era apresentado um novo Código Eleitoral, trazendo o direito ao voto das mulheres.

Referências

Com informações de Câmara Brasileira.

Formado em Jornalismo e História, trabalho com comunicação há mais de 10 anos. Passei por editoras, jornais e diversos sites da área. Tenho também o projeto Outro Lado da História, que vista contar a história brasileira com no ponto de vista do povo e sem fake news.

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