7 casos em que NÃO se utiliza a CRASE: aprenda a não cometer mais esse deslize!

Muitas pessoas têm dificuldade em saber onde e como usá-la e, por isso, vamos falar sobre casos em que a crase NÃO é utilizada.

A crase é a junção da preposição “a” com o artigo defino “a” ou pronomes demonstrativos que começam com “a”, como “aquele”, “aquilo” e “aquela”.

Muitas pessoas têm dificuldade em saber onde e como usá-la e, por isso, vamos falar agora sobre casos nos quais a crase definitivamente NÃO é utilizada.

Antes de palavras masculinas

Exemplos: pagamento a prazo, andar a cavalo, traje a rigor, cheirar a suor.

Exceção: quando pode-se subentender uma palavra femininas, especialmente moda e maneira, ou qualquer outra palavra que indique uma coisa.

Exemplos:  Estilo à Machado de Assis, Bife à cavalo,  Vou à (editora) Boitempo.

Nome de cidade

Exemplos:

Chegou a Paris.

Foi a Amsterdam.

Exceção: há crase quando a cidade possui uma qualidade

Exemplo: Foi conhecer à Liverpool dos Beatles.

Nomes de mulheres célebres e santas

Exemplos:

Ele preferia Marilyn Monroe a Greta Garbo.

Dirigiu suas preces a Nossa Senhora.

Antes do artigo indefinido “uma”

Exemplo: Foi a uma loja.

Exceção: Quando “uma” não for um artigo, e sim uma designação de hora.

Exemplo: Levou ele lá à uma hora trás.

Substantivos repetidos

Exemplos:

Ficou frente a frente com o perigo.

Ela estava cara a cara com sua inimiga.

Pronomes como ela, esta e essa

Exemplos:

Pedimos a ela que se deitasse.

Foi a esta cidade.

Dedicou sua vitória a essa mãe.

Palavras femininas tomadas como substantivos genéricos

Exemplos:

Em respeito a vida de todos.

O paciente foi submetido a operação.

Dica: para identificar esse caso, basta colocar o “uma” na frente da palavra feminina. Se fizer sentido, não se pode utilizar a crase.

Exemplo: O paciente foi submetido a (uma) operação.

b: se você trocar a palavra feminina por uma palavra masculina, e o “a” se transformar em “ao”, a crase é indispensável!

Exemplo: Ela cedeu à pressão (ao desejo) do chefe dela.

Você também pode gostar de ler:
Uso da Crase – Quais as regras? Usos facultativos e quando não usar!

Referências

MARTINS, E. Resumão – Crase e Acentos (Série Língua Portuguesa, n. 4). São Paulo: Fischer & Associados Ltda, 2018.

Graduada em Letras inglês-português pela UNESP-Araraquara e mestre em Estudos Linguísticos (linha de pesquisa Estudos da tradução) pela UNESP- São José do Rio Preto. Professora de português e inglês, redatora comercial e tradutora EN><PT, Fui bolsista CAPES na graduação pelo programa Residência Pedagógica, dando aulas de inglês para sexta série da Educação de Jovens e adultos e durante o mestrado, desenvolvendo a pesquisa "Makumba: Uma proposta de Matrigestão Tradutória à Poética de Amiri Baraka", no qual executei as primeiras traduções para o português de poemas selecionadas do livro Black Magic (1969), do autor afro-americano Amiri Baraka. Hoje, atuo como professora de inglês na escola Aliança América e Redatora para WebGo/Gridmídia, bem como desenvolvo projetos como tradutora, redatora e professora de inglês e português freelance para diversas empresas e contratantes particulares.

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