Animais em Extinção na Floresta Amazônica – 5 preocupações e Cuidados
Além de organizações internacionais, a Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio) avalia a situação da biodiversidade brasileira. Ela identifica não apenas quais espécies estão ameaças de extinção, mas também suas causas, e propõem ações prioritárias de pesquisa e conservação.
No nosso país, as principais ameaças são a exploração excessiva, a expansão da agricultura e dos centros urbanos e o tráfico de biodiversidade.
Na região Amazônica, além desses fatores, a instalação de usinas hidrelétricas e o desmatamento também afetam inúmeras espécies. Confira, abaixo, alguns exemplos da fauna ameaçada nessa região.
Animais em risco de extinção na região amazônica
Peixe Brachyplatystoma flavicans
![Animais em extinção](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Animais-em-extincao.jpg)
Conhecido como dourada, este peixe de água doce encontra-se ameaçado na região Amazônica. É uma espécie carnívora, com couro, muito famosa pelas longas migrações reprodutivas, chegando a nadar mais de 4 mil quilômetros para desovar. Apresenta grande porte, com, aproximadamente, 20 quilos.
Muito apreciado pelo seu sabor e pela sua pouca gordura, é bastante consumido na região. No entanto, o que tem levado ao declínio de sua população são as usinas, pois a construção de barragens afeta os níveis de cheia do rio e atrapalham a locomoção destas espécies migratórias.
Além dele, espécies como o acari-zebra (Hypancistrus zebra) encontram-se sob ameaça.
Anfíbio Pseudopaludicola canga
![Animais em extinção](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Animais-em-extincao2.jpg)
Dentre os anfíbios, esta pequena rã está possivelmente ameaçada. No entanto, faltam dados sobre ela, o que acaba por não a colocar na lista oficial. Ela é endêmica da Serra do Carajás no Pará e as atividades de mineração ameaçam o seu habitat.
Réptil Ameiva parecis
Esta espécie de calango encontra-se na lista de répteis ameaçados na região Amazônica classificada como Em perigo (EN). Encontra-se assim classificada pois habita regiões isoladas da floresta e que estão afetadas pela instalação de usinas hidrelétricas.
Além disso, a expansão da agricultura, principalmente da soja, reduz seu habitat. Outro fator que corrobora para o quadro é o fato de que a espécie não foi ainda identificada dentro de áreas de conservação.
Este calango chega a 90mm de comprimento e vive em regiões de gramíneas e arbustos. Consome principalmente artrópodes, como cupins, formigas e aranhas. Sua ninhada é pequena, contento entre 1 e 2 ovos.
Ave Craz fasciolata
![Animais em extinção](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Animais-em-extincao3.jpg)
Dentre as inúmeras aves ameaçadas de extinção na região Amazônica, podemos citar o mutum-de-penacho. Com cerca de 83cm de comprimento, chega a pesar 2,7 quilogramas. Com dimorfismo sexual, o macho é preto com uma mancha branca na barriga, enquanto a fêmea é preta com listras brancas. Eles são onívoros e consomem frutos, folhas e pequenos animais.
Esta espécie bota entre 2 a 3 ovos em cima de árvores e habita a região entre o Rio Tapajós e o Maranhão, até São Paulo e outros países vizinhos. No entanto, devido à pressão de caça principalmente, encontra-se ameaçada.
Além dela, podemos citar a ararajuba (Guaruba guarouba) e a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus), muito famosas pela sua coloração e por serem características da região. Mas, a extração de madeira e a expansão da agropecuária vêm as ameaçando.
Mamífero Saguinus bicolor
![Animais em extinção](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Animais-em-extincao4.jpg)
Entre os mamíferos ameaçados na Amazônia, encontra-se o famoso sauim-de-coleira, um sagui que está classificado como criticamente ameaçado (CR).
É um primata de pequeno porte, chegando a 28cm de comprimento e 500 gramas. Ele é caracterizado pela cabeça negra e sem pelos, com braços e tórax com pelos brancos. Alimenta-se, basicamente, de frutos e vertebrados, podendo se reproduzir até duas vezes no ano.
É um animal social, mas sua população vem sendo reduzida principalmente em função das industrias da região e pelo desenvolvimento da cidade, o que fragmenta seu habitat.
O que fazer para evitar?
Apenas a criação de áreas de preservação não é suficiente para a conservação das espécies aqui citadas e das inúmeras outras que se encontram ameaçadas na região Amazônica.
É preciso ação por parte da população e dos governantes. A expansão da agropecuária e da agricultura precisa ser contida, a utilização de agrotóxicos que sobrevoam as florestas não pode mais continuar e os conflitos entre humanos e fauna precisam ser estudados, a fim de promover a convivência sustentável. Além disso, a compra de animais silvestres não deve ser realizada, pois, na maioria das vezes, tais seres são advindos do tráfico ilegal.
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