LGBT – O que significa a sigla? Origem do termo e LGBTQ+

A sexualidade é uma questão que sempre foi um tabu, principalmente quando se trata de grupos que não aceitam os padrões de comportamento impostos pela sociedade. Por conta disso, esses grupos sempre foram vítimas de repressão e preconceito em uma sociedade que tentava os colocar à margem.

É nesse contexto que surgem os movimentos GLS e, posteriormente, LGBT, como uma forma de organização para combater o preconceito e a homofobia, e pelo direito de existir, viver, pensar e ser o que realmente é.

O que significa a sigla LGBT?

LGBT é uma sigla utilizada para se referir às pessoas que não se consideram heterossexuais, representando diferentes tipos de orientação sexual, a saber: lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou transgêneros.

A sigla foi adotada em quase todo o mundo, tendo como objetivo a inclusão de diferentes identidades e orientações, bem como a luta em defesa dos direitos dos homossexuais.

Origem do termo

Durante boa parte do século XX, não havia um termo específico para se referir às pessoas que não se consideram heterossexuais. O primeiro termo utilizado era a palavra homossexual, que em si carregava um preconceito. A própria comunidade homossexual passou a adotar o termo gay a partir da década de 70. 

Nos anos 80, o termo utilizado passa a ser GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), porém, devido ao surgimento de diferentes ramificações e identidades, muitos sentiram a necessidade de adotar um termo que melhor se adequasse à diversidade de orientações sexuais naquele momento.

O termo LGBT surge dessa necessidade no início dos anos 90, ganhando cada vez mais força como um símbolo de inclusão, promovendo debates sobre as questões de identidade sexual e de gênero, e ampliando a luta contra o preconceito.

Símbolo

O principal símbolo da comunidade LGBT é a bandeira arco-íris, criada pelo artista estadunidense Gilbert Baker e utilizada pela primeira vez em 1978, na cidade de San Francisco.

Quem são os LGBT?

  • Lésbicas: mulheres que sentem atração (afetiva ou sexual) por outras mulheres;
  • Gays: homens que sentem atração (afetiva ou sexual) por outros homens. O termo também pode ser utilizado para mulheres homossexuais, embora “lésbica” tenha sido mais utilizado;
  • Bissexuais: pessoas que sentem atração (afetiva ou sexual) por ambos os sexos;
  • Transexuais: pessoas que não se identificam com seu sexo biológico e estão em trânsito entre gêneros;
  • Transgêneros: pessoas que se identificam com um sexo diferente do seu nascimento. Por exemplo: uma pessoa que nasceu homem, mas se identifica como mulher, é uma mulher transgênero.

Variantes do termo

Queer

Algumas pessoas têm defendido a inclusão de uma nova letra à sigla: Q de queer. O termo queer vem sendo utilizado desde os anos 90, mas só agora começou a se tornar mais conhecido. As pessoas que se nomeiam como queer se identificam com outras orientações sexuais sem, necessariamente, fazerem parte de uma delas. Os queer são contrários às normas sexuais socialmente aceitas.

Intersexuais

Por sua vez, pessoas que se identificam como intersexuais são pessoas que possuem alguma variação de características sexuais (incluindo cromossomos ou órgãos genitais) que não permitem que a pessoa seja distintamente identificada como masculino ou feminino.

Dessa forma, muitos têm sugerido uma mudança na sigla para LGBTQ+, incluindo o termo queer e o sinal de mais como forma de inclusão de todas as outras variantes de orientação sexual que vêm surgindo nos últimos anos.

LGBT no Brasil

No Brasil, o termo LGBT só passou a ser utilizado em 2008, após a 1ª Conferência Nacional GLBT realizada em Brasília.

O país abriga uma das maiores paradas do orgulho LGBT do mundo, cujo objetivo é dar voz e visibilidade aos membros da comunidade, conscientizando as pessoas de que a diversidade é essencial em uma sociedade, e que, sobretudo, é fundamental para qualquer um poder viver em paz.

O movimento LGBT ainda é carregado de preconceito e conotações pejorativas, principalmente por núcleos mais conservadores da sociedade. Muitas vezes, o preconceito se torna violência física, o que faz com que o Brasil seja um dos países que mais mata homossexuais.

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em criminalizar a homofobia é um importante passo no sentido de reduzir o preconceito e a violência contra os LGBTs. Mas, também é preciso um esforço de educação e conscientização social, para que todos aprendam a respeitar e conviver com as diferenças.

Bacharel em História pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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