O que é fecundação? Tipos, Etapas e Fecundação Humana

Para ter sucesso no meio ambiente, as espécies precisam garantir a sobrevivência dos seus descentes e de sua variabilidade genética. Assim, os organismos desenvolveram diferentes estratégias reprodutivas que garantem maiores probabilidades de sobrevivência.

Uma das etapas da reprodução é a fecundação, que ocorre tanto nos organismos mais simples até nos mais complexos.

O que é fecundação?

A fecundação é definida como a união entre o espermatozoide e o óvulo, que darão origem a um novo organismo. Assim, em todos os organismos, o processo fundamental da fecundação é a união do material hereditário proveniente de gametas diferenciados, sendo que cada gameta contém metade do número de cromossomos característicos da espécie.

Tipos de fecundação

O tipo mais primitivo de fecundação ocorre nos microrganismos e protozoários. Ele consiste na troca de material genético entre duas células.

Em animais, a fecundação pode ser do tipo interna ou externa:

Fecundação interna

Ocorre, geralmente, em animais terrestres, mas algumas espécies aquáticas podem realizar esta fecundação também. Dentre os organismos com fecundação interna, os ovos podem ser desenvolvidos de três maneiras: oviparidade, ovoviparidade e viparidade.

De maneira geral, na oviparidade, os ovos são postos pela fêmea fora do seu organismo. O embrião é nutrido pela gema e protegido pela clara do ovo. Peixes ósseos, répteis, alguns peixes cartilaginosos, anfíbios, aves e alguns mamíferos se reproduzem dessa maneira.

Já na ovoviparidade, os ovos fertilizados são mantidos no corpo da fêmea, mas o embrião também é desenvolvido pelos nutrientes fornecidos pela gema e estão completamente desenvolvidos quando eclodem. Alguns peixes ósseos, lagartos e cobras, e alguns organismos invertebrados realizam este tipo de reprodução.

Na viviparidade, o desenvolvimento do embrião ocorre dentro da mãe e sua nutrição é feita pelo cordão umbilical, havendo uma placenta desenvolvida. A maioria dos mamíferos, alguns peixes cartilaginosos e alguns répteis se reproduzem dessa forma.

As vantagens da fertilização interna é a proteção do ovo fecundado contra a desidratação e a predação, pois o embrião fica isolado no corpo materno. Por outro lado, é necessária a fecundação por um gameta masculino e poucos indivíduos podem ser produzidos ao mesmo tempo.

Fecundação externa

Este tipo de fecundação, geralmente, ocorre no ambiente aquático, no qual tanto o gameta masculino quanto o feminino são liberados fora do corpo dos progenitores.

Esse processo ocorre normalmente com vários machos e várias fêmeas ao mesmo tempo, para aumentar as chances de fecundação. A liberação pode ser motivada pelo aumento da temperatura da água ou pela duração dos dias. Ou seja, durante a época reprodutiva da espécie em questão.

Os animais com esse tipo de reprodução são peixes, crustáceos, moluscos, lulas e equinodermos.

As vantagens de fecundação externa em ambiente aquático é a proteção do dessecamento, bem como o aumento da variabilidade genética da população.

Além disso, é possível fecundar vários ovos ao mesmo tempo. Em contrapartida, sua taxa de sobrevivência é baixa, o que é desvantajoso.

Etapas da fecundação

O primeiro evento da fecundação é a fusão entre as membranas dos gametas para que o material genético possa ser transferido de uma célula para outra, por meio de um canal.

Em plantas superiores, este evento é precedido da polinização, em que o pólen (proveniente do órgão reprodutivo masculino) é transferido para o gameta feminino (macrosporo).

Em animais superiores, a fusão é geralmente precedida da penetração do óvulo por um único espermatozoide (com exceção do caso de gêmeos). O resultado deste evento tanto em plantas quanto em animais resulta no zigoto.

Muitas espécies vegetais apresentam também a autofecundação, processo no qual a mesma planta contém os aparelhos reprodutores feminino e masculino, e ela se autopoliniza. Este último processo é desvantajoso no sentido de que diminui a variabilidade genética da espécie.

Fecundação humana

A reprodução em humanos é do tipo interna, com viviparidade, ou seja, o ovo permanece dentro do corpo materno, nutrido pelo cordão umbilical e protegido pela placenta. Na fecundação, aproximadamente 300 milhões de espermatozoides são liberados dentro do organismo feminino. Tanto o espermatozoide quanto o óvulo contêm 23 cromossomos, e quando unidos, o zigoto contém 46.

Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas pela USP (2016 e 2018), tem 25 anos e é apaixonada pela natureza e por explorar o mundo. Quando não está se aventurando por aí, gosta de aquietar as pernas com livros e séries.

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