Orações Subordinadas Adjetivas – O que é? Exemplos e Exercícios

As orações subordinadas adjetivas são aquelas que, anexando-se ou justapondo-se, através de um pronome relativo, a um substantivo (nome ou pronome), chamado “antecedente”, funcionam como adjuntos adnominais.

As orações subordinadas podem ser do tipo restritivo, quando delimitam o sentido do substantivo ao qual se conectam, sendo, nesse caso, indispensáveis para a oração, ou do tipo explicativo, quando atuam apenas como um termo acessório, expandindo a significação do substantivo.

Confira a seguir, neste artigo completo do Gestão Educacional, tudo a respeito das orações subordinadas adjetivas.

Diferença entre orações subordinadas desenvolvidas e reduzidas

Uma primeira diferença que precisa ficar clara quando o assunto é orações subordinadas é a diferença entre as orações subordinadas desenvolvidas e as reduzidas.

Basicamente, temos um caso de oração subordinada desenvolvida quando ela for introduzida no período através de um pronome relativo ou locução pronominal. Veja um exemplo:

  • Conheço o bairro no qual você mora.

O termo sublinhado acima é um pronome relativo, que está introduzindo a oração subordinada adjetiva (em negrito). Temos, portanto, um caso de oração subordinada desenvolvida.

Por outro lado, quando a oração subordinada não é introduzida por pronome relativo ou locução pronominal, ela é chamada oração subordinada reduzida. Além disso, o verbo da oração subordinada reduzida está sempre em uma das formais nominais do verbo, ou seja, infinitivo, gerúndio ou particípio passado. Por exemplo:

  • Conferiu os filmes alugados pelo papai?

No exemplo acima, o trecho em negrito é uma oração subordinada adjetiva. Perceba que ela não está sendo introduzida por um pronome relativo. Além disso, o verbo da oração subordinada está na forma nominal do particípio passado (“alugado). Logo, trata-se de uma oração subordinada reduzida.

Tipos de orações subordinadas adjetivas

Há apenas dois tipos de orações subordinadas adjetivas: as restritivas e as explicativas.

Orações subordinadas adjetivas restritivas

As orações subordinadas adjetivas restritivas são aquelas que delimitam, restringem, limitam ou precisam o sentido do substantivo (ou pronome) antecedente. Elas não são antecedidas por pausa e não podem ser omitidas do período, pois são indispensáveis para o entendimento do enunciado.

Além disso, as orações subordinadas adjetivas restritivas do tipo desenvolvidas são sempre introduzidas pelos pronomes relativos: que, quem, o qual, cujo, quanto, como, onde e quando.

Confira um exemplo de oração subordinada adjetiva restritiva do tipo desenvolvida:

  • O trabalhador cuja carteira de trabalho você assinou é muito produtivo.

Todo o trecho em negrito no exemplo acima é uma oração subordinada adjetiva restritiva desenvolvida. Ela está precisando o trabalhador em questão: não é qualquer trabalhador, é o trabalhador cuja carteira o interlocutor assinou. Além disso, ela é desenvolvida, uma vez que está sendo introduzida pelo pronome relativo “cuja”.

Veja um exemplo do tipo reduzido de oração subordinada adjetiva restritiva:

  • Escuto pássaros cantando no quintal.

A oração subordinada foi introduzida na oração sem a presença de um pronome relativo. Além disso, o verbo dela está no gerúndio, uma das formas nominais do verbo.

Ainda assim, a oração do exemplo está desempenhando a função de subordinada adjetiva restritiva, pois está delimitando o tipo de pássaro ao qual o orador está se referindo: ele não está escutando quaisquer pássaros, ele está escutando os pássaros que estão cantando no quintal.

Confira alguns outros exemplos de orações subordinadas adjetivas restritivas:

  • Eu li o livro que você me emprestou. (desenvolvida)
  • A casa da qual ele era dono estava caindo aos pedaços. (desenvolvida)
  • De longe ouvi as crianças a discutir. (reduzida)
  • Sobre isso, há muito que fazer. (reduzida)

Orações subordinadas adjetivas explicativas

Já as orações subordinadas adjetivas explicativas são termos adicionais, dispensáveis da oração, que apenas acrescentam ao antecedente uma qualidade acessória, explicando melhor o seu significado. São sempre marcadas por pausas, aparecendo sempre entre vírgulas.

Elas podem ser desenvolvidas, sendo introduzidas por um dos pronomes relativos (que, quem, o qual, cujo, quanto, como, onde, quando). Veja um exemplo:

  • O poeta, cujos versos eram dos mais belos, improvisou um poema para a multidão.

O termo em negrito no exemplo acima é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Perceba que ela pode ser facilmente retirada do período, sem afetar o entendimento da oração principal. Além disso, por ser introduzida pelo pronome relativo “cujos”, trata-se de uma oração subordinada desenvolvida

As orações subordinadas adjetivas explicativas também podem ser reduzidas, como no exemplo abaixo:

  • William Shakespeare, considerado o maior dramaturgo de todos os tempos, morreu em 1616.

No exemplo acima, a oração subordinada adjetiva explicativa (em negrito) não foi introduzida por um pronome relativo. Além disso, o seu verbo está conjugado no particípio passado. Trata-se, portanto, de uma oração subordinada reduzida.

Confira outros exemplos de orações subordinadas adjetivas explicativas:

  • O navio RMS Titanic, que afundou em 1912, foi construído pela Harland and Wolff em Belfast. (desenvolvida)
  • A casa, onde morei por duas décadas, foi demolida na tarde de sexta-feira. (desenvolvida)
  • Rafael, a gritar, chamou a atenção de todos. (reduzida)
  • O assassino, preso em uma operação especial da Polícia Federal, permaneceu calado durante todo o julgamento.

Além disso, caso queira se aprofundar no estudo das orações subordinadas, confira este outro artigo, sobre as orações subordinadas adverbiais.

Formado em Letras Português/Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com foco em Teoria da Literatura, Literatura Brasileira, Poesia e Tradução, é editor da WebGo Content e tem experiência com revisão, redação para web e gerenciamento de pessoas.

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