Sistema Binominal – Entenda a nomenclatura que nomeia os seres vivos

O sistema binominal é a metodologia que classifica todas as espécies em dois grupos: animais e plantas. Esses grupos se dividem em algumas categorias e assim é possivel entender como se deu a evolução de cada ser vivo ao longo do tempo.

Entenda o sistema binominal

O médico sueco Carl Von Linné (1707-1778), também conhecido como Lineu na língua portuguesa, criou a nomenclatura binominal ou sistema binominal para classificar as espécies. Este método é chamado de binomial porque o nome científico de cada ser vivo é composto por um gênero e uma espécie.

Além de classificar os seres vivos, o sistema binominal mostra um panorama da biodiversidade. As espécies são agrupadas de acordo com as caracteríticas e através dessa análise é possível entender como foi o processo evolutivo de cada ser vivo.

Benefícios da utilização do Sistema Nominal

Como é feita a classificação do sistema binominal?

A classificação dos seres vivos é padronizada e segue algumas regras de nomenclatura:

1. Os nomes científicos devem ser sempre escritos em latim;
2. Os termos que indicam gênero, família, ordem, classe, filo e reino devem ter inicial maiúscula;
3. O nome das espécies é formado por duas palavras: a primeira indica o gênero e a segunda o termo específico, escrito com inicial minúscula. Ambas devem ser escritas em itálico (em texto impresso) ou sublinhado (quando escrito à mão). Exemplo: Homo sapiens (ser humano). A partir da segunda vez que a espécie aparece no texto, o nome da espécie pode ser abreviado (H. sapiens).

Taxonomia

Além do sistema binominal, o cientista também propôs a taxonomia (ciência que nomeia os seres vivos). Esse sistema classifica e agrupa as espécies de seres vivos. Com isso, podemos conhecer a história evolutiva das espécies e de que maneira elas se distribuem na natureza.

Antes da taxonomia, as espécies eram classificadas de acordo com o seu tamanho, cor e habitat. E a partir do método criado por Linné, as espécies passaram a ser classificadas de acordo com as semelhanças morfológicas.

Nomenclaturas da classificação taxonômica

Entenda a seguir as nomenclaturas que fazem parte da classificação taxonômica:

• Espécie: a espécie é a categoria taxonômica utilizada para classificar os seres vivos. Uma espécie é formada por indivíduos que cruzam entre si na natureza e originam descendentes férteis.
• Gênero: o gênero é formado por espécies que são parentes bem próximos;
• Família: gêneros mais próximos evolutivamente formam as famílias;
• Ordem: os indivíduos que pertencem à mesma família são agrupados na categoria ordem;
• Classe: as ordens são reunidas em classes;
• Filo: Várias classes constituem um filo;
• Reino: é formado pelo filo;

Quando uma espécie se afasta de outras em relação às suas características, ela se afasta em direção ao reino. Isso quer dizer que o grau de parentesco diminui.

Exemplo da classificação taxonômica da onça-pintada

Reino: Animalia (onça-pintada ➡ tigre ➡ lobo-guará ➡ gato selvagem europeu ➡ rã-touro ➡ borboleta ➡ mico-leão-dourado);

Filo: Chordata (onça-pintada ➡ tigre ➡ lobo-guará ➡ gato selvagem europeu ➡ rã-touro ➡ mico-leão-dourado);

Classe: Mammalia (onça-pintada ➡ tigre ➡ lobo-guará ➡ gato selvagem europeu ➡ mico-leão-dourado);

Ordem: Carnivora (onça-pintada ➡ tigre ➡ lobo-guará ➡ gato selvagem europeu);

Família: Felidae (onça-pintada ➡ tigre ➡ gato selvagem europeu)

Gênero: Phantera (onça-pintada ➡ tigre)

Espécie: Phantera onca

Exemplos de nomes científicos de animais

• Oryctolagus cuniculus — Coelho;
• Phasianus colchicus — Faisão;
• Danaus plexippus — Borboleta-monarca;
• Athene cunicularia — coruja-buraqueira;
• Carcharodon carcharias — tubarão-branco;
• Caiman latirostris — jacaré-de-papo-amarelo;
• Guaruba guarouba — ararajuba

Exemplos de nomes científicos de plantas

• Dracaena trifasciata — Espada-de-são-jorge;
• Dionaea muscipula — apanha-moscas;
• Leucanthemum vulgare — margarida;
• Helianthus annuus — girassol;
• Prunus dulcis — amendoeira;
• Mentha spicata — hortelã;
• Peumus boldus — boldo-da-terra

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Referências

Referência: LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 2. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016