Substantivos Uniformes – Comum de dois gêneros, epicenos e sobrecomuns

Descubra aqui o que são Substantivos Uniformes e conheça os três tipos existentes na língua portuguesa! Só no Gestão Educacional!

Os substantivos uniformes são substantivos nos quais não há variação de gênero para designar os seres, ou seja, não há alteração na grafia, tanto no gênero feminino quanto no gênero masculino do ser.

Confira, nesta matéria do Gestão Educacional, os tipos de substantivos uniformes existentes na língua portuguesa!

Classificação dos substantivos uniformes

Como você já deve saber, os substantivos são a classe de palavras que designa os seres, objetos, lugares, ou seja, tudo aquilo que dá nome à substância. Geralmente, essa classe pode variar em número, gênero ou grau, para melhor descrever esses seres. Porém, com os substantivos uniformes, acontece algo um pouco diferente, já que eles não variam em gênero.

Os substantivos uniformes têm uma classificação que contrasta com os substantivos biformes, que, por sua vez, têm duas formas (uma para o masculino e uma para o feminino), como o próprio nome dá a entender. Substantivos biformes são os mais comuns na língua portuguesa, como em “aluno” e “aluna”; “menino” e “menina”; “ladrão” e “ladra”; “doutor” e “doutora”; e assim por diante.

Há, ainda, os substantivos heterônimos (palavra do grego que significa “nomes diferentes”), os quais apresentam duas formas com radicais diferentes para os gêneros, a exemplo de “homem” e “mulher”; “pai” e “mãe”; “bode” e “cabra”; “boi” e “vaca”; “carneiro” e “ovelha”; “cavaleiro” e “amazona”; etc.

Substantivos Uniformes - Comum de dois gêneros, epicenos e sobrecomuns (Imagem: Gestão Educacional - Dainis Graveris/Unsplash)
Substantivos Uniformes – Comum de dois gêneros, epicenos e sobrecomuns (Imagem: Gestão Educacional – Dainis Graveris/Unsplash)

Substantivo comum de dois gêneros

Esses são o tipo de substantivos simples que apresentam a mesma forma para designar ambos os gêneros, porém, diferenciam o feminino do masculino através do gênero do artigo ou de qualquer outro acompanhante sintático.

Dica 1: São substantivos comuns de dois gêneros todos os substantivos terminados com a partícula -ista.

Exemplos: o artista, a artista; o barista, a barista; o equilibrista, a equilibrista; o maquinista, a maquinista; o jornalista, a jornalista; o indígena, a indígena; o selvagem, a selvagem; o agente, a agente; o estudante, a estudante; o jovem, a jovem.

Substantivos epicenos

Por sua vez, denominam-se epicenos os substantivos que designam indivíduos ou animais nos quais um só gênero gramatical nomeia ambos os sexos.

Dica 2: Caso haja necessidade de especificar o sexo do animal no texto, é preciso então juntar o substantivo com os termos macho ou fêmea.

Exemplos: a águia; a mosca; a onça; o condor; o crocodilo; o jacaré; a rã; a baleia; o esquilo; o besouro; o tatu; a aranha.

Substantivos sobrecomuns

Por fim, os substantivos sobrecomuns são aqueles em que um gênero gramatical designa pessoas de ambos os sexos.

Dica 3: Caso seja necessário diferenciar o sexo desses substantivos, pode-se usar (do sexo) feminino ou masculino junto a eles.

Exemplos: o cônjuge; a criatura; a pessoa; a criança; a vítima; o carrasco; a testemunha; o apóstolo; o anjo; o indivíduo.

Nos casos de substantivos uniformes, é importante se atentar para o artigo na hora de realizar a concordância nominal de gênero das demais palavras. Por exemplo: “a aranha macho é pequena“; “a testemunha do sexo masculino é a mais velha“.

Sendo assim, é possível que determinadas orações não permitam a identificação do gênero do ser ou da pessoa a que se referem. Isso ocorre nas seguintes frases:

1) Jovem apresentou comportamento suspeito durante a aula.
2) Estudante que cola não consegue aprovação na disciplina.
3) Maquinista salva pessoas antes de colisão do metrô.

Referências

CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.

Graduada em Letras inglês-português pela UNESP-Araraquara e mestre em Estudos Linguísticos (linha de pesquisa Estudos da tradução) pela UNESP- São José do Rio Preto. Professora de português e inglês, redatora comercial e tradutora EN><PT, Fui bolsista CAPES na graduação pelo programa Residência Pedagógica, dando aulas de inglês para sexta série da Educação de Jovens e adultos e durante o mestrado, desenvolvendo a pesquisa "Makumba: Uma proposta de Matrigestão Tradutória à Poética de Amiri Baraka", no qual executei as primeiras traduções para o português de poemas selecionadas do livro Black Magic (1969), do autor afro-americano Amiri Baraka. Hoje, atuo como professora de inglês na escola Aliança América e Redatora para WebGo/Gridmídia, bem como desenvolvo projetos como tradutora, redatora e professora de inglês e português freelance para diversas empresas e contratantes particulares.

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