Ariano Suassuna foi um escritor, poeta e dramaturgo brasileiro. Natural da Paraíba, sua obra é marcada especialmente pela valorização da cultura popular nordestina. Sua principal e mais famosa obra é O Auto da Compadecida, peça lançada em 1955.
Confira a seguir a biografia completa de Ariano Suassuna, com uma lista de suas obras lançadas, bem como algumas das principais características de seu trabalho literário.
Confira a seguir uma breve biografia de Ariano Suassuna, com pontos importantes de sua vida.
Ariano Suassuna nasceu no dia 16 de junho de 1927, em Paraíba, atual João Pessoa. Ele foi o oitavo dos nove filhos de João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna e Rita de Cássia Dantas Villar.
Ariano nasceu no Palácio da Redenção, sede do governo executivo da Paraíba. Isso porque seu pai, João Suassuna, era na época presidente da província da Paraíba. Ariano não teve muito contato com o pai, pois este foi assassinado em 1930 na cidade do Rio de Janeiro, durante a chamada Revolução de 30, que deu fim à Velha República.
Entre 1933 e 1937 a família de Ariano mudou-se para Taperoá. Foi na cidade que ele começo seus estudos e teve contato com o teatro, ainda que passageiramente.
No ano de 1942, sua família mudou-se para Recife, capital de Pernambuco. Lá, Ariano terminou seus estudos em 1945. Nesse mesmo ano, publica sua primeira peça literária: o poema “Noturno”, no Jornal do Commercio.
Em 1946, Ariano Suassuna ingressa no curso de Direito na Faculdade de Direito de Recife, onde ficaria até 1950, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais.
A faculdade permitiu que ele formasse uma rede de amizades com pessoas envolvidas na cena teatral da região. Lá, Ariano conheceu Hermilo Borba Filho, Capiba, Aloísio Magalhães e Gastão de Holanda. Com Borba Filho, Ariano fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco.
No ano de 1947, lançou sua primeira peça teatral: Uma mulher vestida de sol, ganhando no mesmo ano o Prêmio Nicolau Carlos Magno por ela.
A partir daí, Ariano lançou uma grande quantidade de obras. Sua primeira peça a ser encenada foi Cantam as harpas de Sião, em 1948. Dez anos mais tarde, essa peça seria reescrita, tornando-se O desertor de Princesa.
Entre 1952 e 1957, estando em recife dedicado à advocacia e à escrita de peças, Ariano escreveu algumas de suas principais obras, como O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e a sua obra mais famosa: O Auto da Compadecida (1955), peça que o levaria ao reconhecimento nacional. Em 1957, lança outro sucesso: O Santo e a Porca.
Em 1956, Ariano foi convidado para ser professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, largando a advocacia, dedicando-se inteiramente ao cargo, o qual ocuparia até 1994, quando se aposentaria. Durante a década de 60, interrompeu também a sua escrita.
Em 1969, Ariano é nomeado diretor do Departamento de Extensão Cultura da Universidade Federal de Pernambuco. Ali, ele começaria a articular um movimento que viria a ser conhecido como Movimento Armorial.
A principal ideia do movimento é a de fomentar a criação de uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do nordeste brasileiro, valorizando-se, assim, a cultura desta região.
O Movimento Armorial não se limitou apenas à arte escrita. Na verdade, passou por todas as manifestações artísticas, da pintura à dança. Em 1970, o Movimento Armorial é oficialmente lançado, com um concerto e uma exposição em Recife.
Em 1989, Ariano Suassuna é eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número 32, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre.
No ano de 1999, uma série de televisão de quatro capítulos, produzida por Guel Arraes, é exibida. No ano seguinte, ela é convertida em filme, tornando-se um clássico absoluto e alçando ainda mais o sucesso de Ariano e de sua principal obra.
Em 2011, Ariano Suassuna foi eleito presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), quando Eduardo Campos, então governador de Pernambuco, foi reeleito presidente nacional do partido. Até abril de 2014, Ariano foi assessor especial de Eduardo.
Ariano Suassuna morreu no dia 23 de julho de 2014, com 87 anos, em Recife, vítima de uma parada cardíaca, após dar entrada no hospital no dia 21 devido a um AVC. Está atualmente sepultado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana de Recife.
Alexandre Garcia Peres, formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), gosta de arte, literatura, língua portuguesa, poesia e do seu gato.
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