A partícula apassivadora, constituída pelo pronome “se”, tem a função de formar uma oração na voz passiva sintética. Embora o nome aparente ser de um conteúdo difícil de entender, na verdade, é muito simples entender o que é a partícula apassivadora.
Neste artigo do Gestão Educacional, você aprenderá o que é a voz passiva, o que é a partícula apassivadora e qual a sua função, qual a diferença entre voz passiva sintética e voz passiva analítica e muito mais!
Antes de vermos especificamente o que é a partícula apassivadora, entretanto é preciso entendermos o que é voz passiva e o que ela tem a ver com a partícula em questão.
Numa oração, o sujeito pode ser o responsável por praticar a ação do verbo; ser o responsável por sofrer as consequências da ação verbal; ou ser tanto o que pratica a ação, quanto o que a sofre. Dizemos, portanto, que há três tipos de vozes verbais: voz ativa, passiva e reflexiva.
Quando o sujeito da oração prática a ação, dizemos que a oração está na voz ativa. Por exemplo:
Nesse exemplo, o sujeito (“gato”) é o responsável por praticar a ação (“subiu”). Logo, a oração está na voz ativa. O sujeito, nesse caso, é chamado “sujeito agente”.
Por outro lado, quando o sujeito da oração não é o responsável por praticar a ação, mas por sofrê-la, dizemos que a oração está na voz passiva. Por exemplo:
Nesse exemplo, o sujeito (“o livro ‘As Flores do Mal’”) não é o responsável por praticar a ação (“foi escrito”), mas por sofrê-la. O responsável por praticar a ação foi Baudelaire, que desempenha o papel de agente da passiva. O sujeito, nesse caso, desempenha a função de “sujeito paciente”. A oração, portanto, está na voz passiva.
Por fim, quando o sujeito é o responsável tanto por praticar a ação, quanto por sofrê-la, dizemos que a oração está na voz reflexiva. Por exemplo:
Nesse exemplo, o sujeito (“Mariana”) foi o responsável por executar a ação verbal (se maquiou”). Porém, ao mesmo tempo, ele foi o responsável por sofrer as consequências da ação verbal, uma vez que maquiou a si mesmo. Logo, a oração está na voz reflexiva. O sujeito, nesse caso, é chamado “sujeito agente e paciente”.
Agora que você aprendeu quais são as três vozes verbais e a diferença entre elas, é fácil entender o que é a partícula apassivadora.
Como o nome sugere, a principal função da partícula apassivadora é a de passar uma oração da voz ativa para a voz passiva. Esta partícula é representada pelo pronome apassivador “se”. Confira um exemplo para entender melhor:
Neste exemplo, o sujeito da oração é “o sino da Capela”. Perceba, entretanto, que o sujeito não está praticando a ação, mas sofrendo-a: é alguém, não-determinado na oração, que está praticando a ação de ouvir o sino. É um caso, portanto, de oração na voz passiva, e a passividade do verbo foi determinada pela presença da partícula apassivadora “se”.
Confira alguns outros exemplos:
Todos os exemplos acima estão na voz passiva, mas não em uma voz passiva qualquer: eles estão na voz passiva sintética. Para entender o que é voz passiva sintética e a relação dela com a partícula apassivadora, continue lendo este artigo.
A diferença entre voz passiva analítica e voz passiva sintética é muito simples.
Dizemos que a voz passiva está na forma analítica quando ela é formada pela junção do verbo “ser” mais a forma do particípio passado do verbo principal. Por exemplo:
Nesses exemplos, ambas as orações estão na voz passiva. Uma vez que a passividade da voz foi formada pelo emprego do verbo “ser”, seguido pelo particípio passado do verbo principal (“vendidas” e “encaminhada”, nos exemplos), dizemos que a oração está na voz passiva analítica.
Por outro lado, quando a voz passiva é formada pelo emprego da partícula apassivadora “se”, com um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, dizemos que a oração está na voz passiva sintética. Por exemplo:
Nestes exemplos, ambas as orações estão na voz passiva. A passividade foi formada pelo emprego da partícula apassivadora “se” junto aos verbos transitivos “buscam” e “formam”. Logo, ambas as orações estão na voz passiva sintética.
Confira a seguir alguns artigos do Gestão Educacional com assuntos relacionados ao estudo da partícula apassivadora!
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Alexandre Garcia Peres, formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), gosta de arte, literatura, língua portuguesa, poesia e do seu gato.
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