Reino Protista – O que é? Estrutura, Habitat, Alimentação, Reprodução e Importância

Até pelo menos metade do século XX, as pessoas ainda utilizavam a classificação dos organismos feita por Aristóteles, no século IV a.C. Durante todo esse período, os organismos eram divididos somente em plantas (aqueles que não se moviam) e animais (aqueles capazes de se locomover). Além disso, os primeiros deveriam ser seres pigmentados (principalmente verdes), enquanto os segundos não. Com o avanço da Biologia e, principalmente, com o surgimento do microscópico, os organismos foram sendo reclassificados. Atualmente, a classificação é baseada em Whittaker com o grupo dos Protistas.

Os Protistas são compostos por uma variedade de formas eucarióticas (com núcleo celular) e que apresentam características de animais, de plantas ou de ambos. Esses organismos são considerados pré-históricos, tendo sido encontrados em fósseis de 1,5 milhões de anos. Muitas das linhagens de espécies que conhecemos hoje são originadas desses animais, que foram, por muito tempo, unicelulares.

O que é o Reino Protista?

Os organismos classificados como protistas atualmente são aqueles que apresentam uma forma primitiva dos animais e das plantas. São exemplos de protistas as algas, os fungos e os protozoários.

Estrutura

São organismos eucariontes, ou seja, que possuem núcleo celular. Também podem ser uni ou multicelulares. Os que são multicelulares estão estruturados em filamentos ou em colônias. Algumas espécies podem ainda ser parasitas (como os organismos que causam malária).

Seu tamanho varia de microscópico (5 μm) até o caso de algas que possuem 60 metros de comprimento, como as representantes do gênero Laminariam. Não possuem células que formam tecidos, sendo indiferenciadas.

Para se locomover, os protistas utilizam estruturas como flagelos, cílios ou pseudopodes (falsos pés). Algumas espécies são sésseis, ou seja, incapazes de se locomover, ou que passam parte do ciclo de vida nessa condição.

Outros seres apresentam células que armazenam nutrientes ou pigmentos, como os cloroplastos. Além disso, também possuem células especializadas para excreção. Outras estruturas podem estar associadas ao corpo, como tentáculos, ventosas, espinhos, pelos, ganchos e outros meios de se ancorar no ambiente.

Habitat

Esses organismos podem ser encontrados em diversos ambientes, como parte do plâncton na água, na superfície terrestre e no ar. Para viver em terra firme, precisam necessariamente de umidade.

A maior parte das espécies de protistas é de vida livre, mas existem espécies simbiontes, mutualísticas e parasíticas.

Alimentação

Os protistas têm grande variação quanto à forma de se alimentar. As espécies podem ser fotossintéticas, fazer ingestão ou absorção de nutrientes, ou ainda possuir os três tipos de forma alimentar.

No que concerne às algas, todas são fotossintéticas. Por isso, são responsáveis por aproximadamente 60% da produção de oxigênio do planeta.

Reprodução

Também apresentam grande variação em formas de reprodução. Eles podem se reproduzir sexuadamente, por gemiparidade, por cissiparidade ou por esporos. Algumas espécies, quando em condições desfavoráveis para a reprodução, produzem cistos resistentes no oceano e que serão levados para outros locais pelas correntes. É o caso, por exemplo, da maré vermelha, produzida pela reprodução excessiva de cistos de dinoflagelados.

A maior parte das espécies realiza reprodução assexuada, pela fissão binária, simplesmente dividindo o corpo em duas partes que se regenerarão em dois indivíduos. Pode ocorrer também a fissão múltipla.

O segundo maior tipo de reprodução desse grupo é a conjugação, a qual ocorre pela fusão do núcleo (pronuclei) de dois indivíduos ao invés da união dos gametas. Ela ocorre majoritariamente nos protistas ciliados, e a produção do pronuclei ocorre por divisões meióticas. Apenas um dos pronoclei permanece e se desenvolve por divisões mitóticas.

Os ciclos de vida também podem ser mais simples ou mais complexos.

Importância

Os protozoários pertencem ao reino Protista e são responsáveis por diversas doenças que acometem plantas, animais e s seres humanos. São aproximadamente 10,000 mil espécies de protozoários parasitas, ou seja, precisam retirar energia do corpo de um hospedeiro para sobreviver. Essa relação de dependência provoca danos ao hospedeiro.

Felizmente, apenas algumas dessas espécies causam doenças aos seres humanos. Dentre as principais que os protozoários provocam podemos citar: malária, doença de Chagas, giardíase, leishmaniose e amebíase.

Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas pela USP (2016 e 2018), tem 25 anos e é apaixonada pela natureza e por explorar o mundo. Quando não está se aventurando por aí, gosta de aquietar as pernas com livros e séries.

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