A arte gótica foi um estilo de arte que perdurou do século XII ao XV, marcando o fim do chamado estilo românico e o começo do Renascimento. Ele surgiu no norte da França, onde tornou-se bastante popular, expandindo-se posteriormente a diversos outros países.
O estilo gótico surgiu como um contraponto ao estilo românico, estilo predominante de construção de mosteiros e basílicas em grande parte da Idade Média.
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Apesar de suas influências serem sentidas na escultura e na pintura, foi na arquitetura que o estilo gótico mais se destacou. Basta levar-se em consideração as diversas catedrais francesas nesse estilo, como, dentre outras, a Catedral de Chartres (1194-1220) e a Catedral de Notre-Dame (1163-1345). Pelo fato de ser amplamente utilizada para a construção de catedrais, a arte gótica também recebe o nome de arte das catedrais.
Há catedrais góticas famosas em outros países, também, como a Catedral de Milão (1386-1768), na Itália, a Catedral de Winchester (1079-1100), na Inglaterra, que mistura elementos da arte românica com a gótica, e a Catedral de Santiago de Compostela (1075-1211), na Espanha.
Pode-se considerar a arte gótica como uma arte essencialmente religiosa, uma vez que ela cresceu e se desenvolveu em conjunto com o fortalecimento da Igreja Católica, cuja sede era Roma, de modo que iniciou uma relação entre arte e igreja que serviria de base para o Renascimento Cultural.
A construção de catedrais simboliza justamente essa relação entre arte e religião — e o poder e a influência da Igreja Católica nas grandes cidades, uma vez que o financiamento dessas igrejas se dava especialmente pelas contribuições dos fiéis. O grande tamanho vertical das catedrais simbolizava justamente o tamanho da fé em comparação ao homem.
Além das catedrais, a arquitetura gótica também foi utilizada na construção de edifícios para a burguesia crescente.
Já as esculturas góticas eram, no início, incorporadas às próprias construções góticas, nas entradas, fachadas e nos portais das catedrais. Nelas, predominou-se o naturalismo, com figuras mais reais e providas de sentimento.
A pintura, por sua vez, foi menos difundida que as demais formas de arte. Isso porque, na época, a tapeçaria e os vitrais eram mais populares. Nas próprias catedrais, a decoração das paredes dava-se muito mais frequentemente pelo uso de vitrais.
No período gótico, a pintura foi mais expressiva em outros gêneros, como na pintura de retábulos, estruturas de madeira ou mármore localizadas atrás do altar de igrejas e catedrais, e na confecção de iluminuras em manuscritos, com figuras igualmente pendendo mais ao real.
O termo gótico surgiu já no final do estilo, quando Giorgio Vasari (1511-1574), grande nome do Renascimento, referiu-se ao movimento gótico de maneira pejorativa e crítica. O termo “gótico” possivelmente tem relação com o termo “godos”, nome do povo, à época chamado bárbaro, que invadiu e destruiu Roma em 410.
Com este paralelo, Vasari nitidamente teceu uma crítica ao movimento, o qual ele considerava bárbaro e antiquado. Nos séculos seguintes, entretanto, esse lado pejorativo do termo se perderia.
Na arquitetura, algumas das principais características da arte gótica são:
Já na escultura, o estilo apresenta as seguintes características:
E na pintura, as características são:
Escultores:
Pintores:
Alexandre Garcia Peres, formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), gosta de arte, literatura, língua portuguesa, poesia e do seu gato.
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