Campos de concentração judeus – O que são? Finalidade e Principais campos

Os campos de concentração judeus são um dos maiores símbolos do nazismo e holocausto. Mas, você sabe, ao certo, o que eles eram e suas finalidades? A seguir, veja essas e outras informações essenciais sobre o assunto.

O que são campos de concentração

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Campos de concentração são centros de confinamento de pessoas, apresentando características específicas: instalações básicas e estrutura reforçada com telas de segurança, como arames farpados, para evitar fugas.

Os campos de concentração existem há muito tempo e, inicialmente, eram utilizados para detenção de militares ou civis em tempos de guerra. Somente a partir da ascensão do nazismo ao poder e da Segunda Guerra Mundial, esses campos se disseminaram.

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De 1933 a 1945, por exemplo, a Alemanha construiu mais de 40 mil campos de concentração no próprio país e nos que ia invadindo e conquistando, durante o período da guerra.

Neles ficavam diferentes grupos étnicos, cujos maiores representantes eram os judeus, que foram intensamente perseguidos pelos nazistas. A partir daí, esses locais foram conhecidos, também, como campos de concentração judeus.

Com o fim do nazismo e da guerra, os campos se transformaram em marcos desse período histórico e são preservados pela população e pelo governo europeu, para que se lembrem da obscuridade da sociedade.

Divisões e finalidades dos campos de concentração judeus

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Os campos de concentração judeus tiveram divisões específicas ao longo da história, sendo que cada um deles tinha uma finalidade. A seguir, conheça as principais divisões:

1. Encarceramento

A divisão de encarceramento era marcante no início do regime nazista, em 1933. Nessa etapa, a finalidade era prender pessoas consideradas inimigas do Estado. Além dos judeus, também estavam nos campos de concentração alemães comunistas, homossexuais, ciganos Romani e testemunhas de Jeová.

2. Trabalho escravo

Em 1939, após a invasão da Polônia pelos alemães, os nazistas criaram campos de concentração de trabalho escravo, ou seja, os prisioneiros, inimigos do Estado, eram obrigados a trabalhar à exaustão, sem receber por isso e ainda sofriam maus tratos.

Também, os campos funcionavam como espaços de experimentos, sendo que alguns prisioneiros eram forçados a serem cobaias de médicos nazistas.

3. Extermínio

Tais campos de concentração tinham como finalidade a destruição em massa de judeus, ou seja, a prática do genocídio. Nazistas construíram câmaras de gás, nas quais matavam judeus e outros inimigos do Estado, por asfixia. Acredita-se que, no auge do nazismo e da perseguição aos judeus, pelo menos, 6 mil pessoas eram mortas nas câmaras de extermínio.

Principais campos de concentração judeus

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1. Dachau

Dachau foi o primeiro campo de concentração da Alemanha nazista, construído no sul do país, numa antiga fábrica de pólvora. Nele, foram documentadas as mortes de mais de 30 mil pessoas, embora estudiosos desse período histórico acreditem que o número foi muito maior.

2. Buchenwald

Buchenwald foi um campo de concentração localizado no leste da Alemanha, com funcionamento de 1937 a 1945. Nele, a prática de trabalho escravo era predominante, com foco na produção de armamento. Estima-se que, pelo menos, 50 mil pessoas morreram vítimas de doenças, fome e assassinatos.

3. Bergen-Belsen

O campo de concentração Bergen-Belsen estava localizado na Baixa Saxônia alemã e teve início em 1940, abrigando prisioneiros de guerra que eram torturados e mortos pelos nazistas.

Curiosamente, Bergen-Belsen foi um dos campos com o maior registro de mortes de toda a Alemanha nazista – cerca de 70 mil. Entre as vítimas estão Anne Frank e sua irmã Margot Frank, que morreram em março de 1945.

4. Auschwitz

Auschwitz é uma rede de campos de concentração, criada no norte da Polônia, pela Alemanha nazista. Trata-se do maior símbolo do holocausto, onde morreram 1,3 milhão de pessoas, sendo 90% judeus.

Esse é o maior e mais famoso campo de concentração nazista, contando com Auschwitz I (campo principal e centro administrativo), Auschwitz II-Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III-Monowitz e mais 45 campos.

Auschwitz manteve-se em atividade de maio de 1940 a 27 de janeiro de 1945, quando os campos foram libertados por tropas soviéticas. Nessa data, inclusive, comemora-se o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, que foi estabelecido pela ONU.

No ano de 1947, a Polônia transformou Auschwitz I e II em museus, que estão vigentes até hoje. Em 2002, a UNESCO declarou as ruínas de Auschwitz como Patrimônio da Humanidade.

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Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pós-graduanda em Negócios Digitais. Tem mais de 600 artigos publicados em sites dos mais variados nichos e quatro anos de experiência em marketing digital. Em seus trabalhos, busca usar da informação consciente como um instrumento de impacto positivo na sociedade.

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