Quem foi a Burguesia na Idade Média?

Entenda aqui no Gestão Educacional quem foi a Burguesia na Idade Média, descubra como ela evoluiu ao longo do tempo e tire outras dúvidas!

O termo “burguesia” é frequentemente utilizado na política, em debates e até músicas. No entanto, é comum também ver muita confusão sobre o significado e quais as pessoas que de fato pertenciam ou são dessa classe.

Confira neste artigo quem foi a burguesia na Idade Média e também as transformações ao longo do tempo.

O que é burguesia?

Para compreender o que foi a Burguesia na Idade Média e o que é nos dias de hoje, o primeiro passo é entender o significado de o que é burguesia. O termo está associado a “burgos”, como eram chamadas as pequenas cidades com atividade comercial no fim da Idade Média. Era, portanto, uma forma de denominar a classe comerciante. Porém, quem faz parte desta classe variou de acordo com a época.

Como era formada a Burguesia na Idade Média?

Quem foi a Burguesia na Idade Média (Imagem: Rinaldo Imperiale/Pixabay)
Quem foi a Burguesia na Idade Média (Imagem: Rinaldo Imperiale/Pixabay)

Durante a Idade Média, a Europa vivia o feudalismo. Com isso, as classes eram divididas em nobreza, clero e servos. A burguesia surge após a epidemia de peste bubônica, que causaria uma grave crise e o acesso desta nova classe às terras que antes eram dos senhores feudais.

Isso ocorreu pela necessidade de expandir a capacidade de adquirir recursos para administração dos reinos, o que passou a ser feito com a arrecadações de impostos em cima das produções dessas terras. Já os comerciantes desses produtos passavam a ser a classe burguesa.

Como a Burguesia evoluiu ao longo do tempo?

No século XIV, o Mundo já estava modificado. As relações comerciais entre Ocidente e Oriente causavam a expansão da atividade comercial na Europa. A região passava a ter maior variedade de produtos em circulação e também em mais quantidade. Isso permitiu que se tivesse uma troca maior de produtos por moedas, gerando o acúmulo de riquezas.

Esta nova classe, a burguesia, passava a ter melhores condições, mas, por se sentir prejudicada pelos senhores feudais e os altos impostos, passaram a apoiar a formação dos Estados Nação. Desta forma, o poder não seria mais dividido entre Rei e Nobreza (senhores feudais), mas sim de uma aliança do Rei com a burguesia. Neste novo cenário, a classe passava a pagar impostos diretamente ao Estado.

Com o passar do tempo, a Burguesia passou a enxergar essa aliança insuficiente para os seus desejos. A classe tinha limitações, como ausência de liberdade religiosa e até mesmo comercial. Isso gerou revoluções na França e Inglaterra contra o poder absolutista.

A revolução industrial trouxe também uma nova transformação do que seria a classe burguesa. A partir desta fase, a Burguesia era formada pelos proprietários dos meios de produção, ou seja, as pessoas que eram donas das fábricas, que aumentavam o lucro com o uso da mão de obra dos operários.

Lutas de classes: Burguesia x Proletariado

A ascensão da burguesia, com lucros maiores e a derrubada do poder absolutista, trouxe um novo conflito. Dessa vez era com os proletariados. A classe trabalhadora argumentava que este acúmulo de riquezas vinha através da exploração dos trabalhadores, que viviam em condições mais precárias nas grandes cidades. Surgia então a ideia do socialismo, como opositor ao capitalismo vigente. Neste cenário, a sociedade passaria a ser as detentoras dos meios de produção.

A burguesia nos dias de hoje

Hoje, a definição de burguesia é mais abrangente, especialmente devido a financeirização da economia. Atualmente, burguês é quem detém o capital, ou seja, quem detém os grandes meios de produção ou opera em grandes quantias no mercado.

Neste caso, portanto, não se trata do dono da padaria da esquina e nem do mercadinho, mas sim quem detém as grandes redes de supermercados e outros setores.

Referências

Livro Dicionário de Política, Editora UNB
O Livro da Política, Editora Globo Livros
https://periodicos.ufn.edu.br/
https://cesad.ufs.br/

Formado em Jornalismo e História, trabalho com comunicação há mais de 10 anos. Passei por editoras, jornais e diversos sites da área. Tenho também o projeto Outro Lado da História, que vista contar a história brasileira com no ponto de vista do povo e sem fake news.

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