Camuflagem e Mimetismo: qual a diferença?

Você sabe qual é a diferença entre Mimetismo e Camuflagem? Aqui no Gestão Educacional você descobre (com exemplos)!

A camuflagem e o mimetismo são dois recursos importantes para o ecossistema. No entanto, existem diferenças entre a camuflagem e o mimetismo. Apesar disso, ambas as práticas garantem a sobrevivência das espécies.

Camuflagem

Camuflagem e Mimetismo qual a diferença (Imagem: János Szüdi/Unsplash)
Camuflagem e Mimetismo qual a diferença (Imagem: János Szüdi/Unsplash)

Na camuflagem, o animal se confunde em aparência ou cor com o ambiente em que vive, dificultando a visão de predadores ou presas. Para a presa, a camuflagem é uma defesa porque a ajuda a fugir dos predadores. Para um predador, ajuda a facilitar sua aproximação até atacar.

Existem muitos exemplos no reino animal: ursos polares se misturando com neve; leões, com feno; pássaros verdes, com vegetação. Nos insetos, a camuflagem atinge um alto grau de perfeição e podemos ver imitações impressionantes de folhas, galhos, espinhos, etc. Urutau (Nyctibius griseus) é uma ave encontrada em Mato Grosso, Pantanal, que dorme na beira de uma árvore e fica bem camuflada.

Mimetismo

O mimetismo, por sua vez, acontece quando um animal se assemelha a uma espécie venenosa, intragável (com sabor ruim) ou perigosa para o seu predador. Isso é muito comum em insetos inofensivos que se assemelham às vespas que picam com ferrão. Essa semelhança afasta a espécie predadora do inseto.

Um outro exemplo é o caso de algumas espécies de borboletas, que não são venenosas nem eliminam substâncias irritantes, mas se assemelham com outras borboletas que possuem essas características para espantar os predadores.

Com essa técnica, o animal sobrevive, pois engana um predador que teve uma experiência desagradável com o suposto animal e aprende a evitá-lo.

Camuflagem x Mimetismo

A camuflagem e o mimetismo são dois recursos muito diferentes praticados pelas espécies em seus habitats.

A principal diferença entre essas duas habilidades é que, na camuflagem, o animal apenas se confunde com o meio em que vive para não ser visto, com o intuito de se proteger (no caso da presa) ou para atacar (no caso do predador). Enquanto no mimetismo, a espécie se mostra perigosa para o predador, na tentativa de enganá-lo e assim afastá-lo.

Vantagem do mimetismo e da camuflagem para sobrevivência da espécie

Tanto o mimetismo quanto a camuflagem são habilidades vitais para inúmeras espécies de animais e plantas que buscam fugir da ameaça persistente de predadores naturais.

Ao assumir características de outros seres vivos (mimetismo), algumas espécies garantem não só alimentos em ambientes infestados de predadores, mas também sobrevivência.

O mesmo acontece com as espécies que conseguem se misturar com o ambiente, ou seja, aqueles que conseguem ficar invisíveis (camuflar) no ambiente complicam a ação de predadores nas proximidades.

Por isso, ambas as habilidades são estratégias que aumentam as chances de sobrevivência das espécies no habitat natural.

Como as espécies adquirem essas habilidades?

Ambas as habilidades são adquiridas por seleção natural, entretanto, é importante ressaltar que esta seleção é adquirida de maneiras diferentes. No caso do mimetismo, a seleção natural das espécies que possuem esta habilidade se dá por meio de um processo evolutivo, ou seja, passa de geração para geração.

Já no caso da camuflagem, a seleção natural está relacionada ao tempo de exposição, ou seja, quanto mais tempo a espécie ficar exposta, um melhor desempenho no ambiente ela terá na camuflagem. E cada vez mais consegue absorver as características do seu habitat.

4 espécies que usam a camuflagem ou o mimetismo

Existem várias espécies que usam tanto a camuflagem quanto o mimetismo para se protegerem de predadores ou para capturar suas presas. Algumas delas são:

1. Louva-a-deus-folha

Esses insetos imitam uma folha em suas formas e cores para se camuflar no ambiente e evitar predadores. Eles também usam seus membros frontais para capturar presas.

2. Polvo-mímico

Esses cefalópodes podem imitar outras espécies marinhas, como peixes e crustáceos, tanto em aparência quanto em comportamento, para evitar predadores ou capturar presas.

3. Cobra-de-colar

Essas cobras têm uma marcação na parte de trás da cabeça que se assemelha a um par de olhos, o que pode enganar predadores em atacar a cabeça em vez do corpo.

4. Borboleta-morcego

Essas borboletas têm asas que se parecem com asas de morcegos para enganar os predadores e evitar ataques.

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Referências

LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 3. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016

Com informações de: Instituto Butantan

Jornalista formada pela Universidade Veiga de Almeida, Pós-graduanda em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais (pela IBMR) e Bióloga graduada pela Unigranrio. Interessada em tudo que envolve a escrita e os meios digitais.

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