Dadaísmo – Resumo, Características, Artistas, Obras e Importância
Dadaísmo, ou também conhecido como “Dadá”, foi um movimento artístico formado em 1916, na cidade suíça de Zurique, por meio de jovens escritores, artistas plásticos e poetas franceses e alemães.
O dadaísmo pertenceu às Vanguardas Europeias, sendo lembrado por afirmar que a destruição também era criação.
Entenda mais sobre essa revolução artística, suas características, seus principais autores e obras, agora, no Gestão Educacional!
Resumo do surgimento do Dadaísmo
![Dadaísmo](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Dadaismo2.jpg)
Os responsáveis pela criação do Dadaísmo supostamente deveriam ter permanecido em seus países, pois naquela época seriam convocados para o serviço militar.
Entretanto, durante a Primeira Guerra Mundial, esses exilados, situados na Suíça, viram-se com um pensamento em comum: serem contrários ao envolvimento de seus países de origem na guerra.
Foi a partir daí que um movimento literário foi fundado para que estas pessoas pudessem expressar suas mágoas relacionadas às inaptidões da religião, das ciências e da filosofia, afinal essas ciências não foram eficazes para evitar a destruição da Europa.
O nome “Dada” foi encontrado por Tzara Tristan e Hugo Ball, em um dicionário alemão-francês, e designa “cavalo de madeira” (ou “cavalo de brinquedo” em outras traduções).
Tal nome foi a escolha do movimento para explicar o que não faz sentido, que para eles já englobava a irracionalidade da arte graças à guerra.
Qual era o objetivo dos dadaístas?
A proposta do Dadaísmo era que a arte fosse solta do racionalismo e se tornasse apenas o resultado do automatismo psíquico, o qual era selecionando pela combinação de elementos por acaso.
Era um movimento de negação, que recusava totalmente a cultura, procurando defender a incoerência, o absurdo, a desordem e o caos.
De toda forma, o Dadaísmo foi um movimento criado com o intuito de protestar contra uma civilização que não era capaz de evitar a guerra.
Características do Dadaísmo
![Dadaísmo](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Dadaismo3.jpg)
Com o propósito de “destruir a arte”, o Dadaísmo é considerado o precursor do Surrealismo e até de outros gêneros contemporâneos artísticos.
Na verdade, é interessante entender a essência dessa vanguarda pela ótica de suas principais características:
- Chocar a burguesia e provocar desconforto por meio da arte, para que fosse possível criar uma nova reflexão sobre o real significado da arte;
- Criticar o consumismo da sociedade capitalista;
- Dar ênfase ao nonsense, isto é, ao que não tem sentido;
- Desconstruir e desordenar a imagem;
- Fazer apologia a aberrações, momentos de loucura e outras imagens bizarras;
- Repúdio aos modelos clássicos e tradicionais da arte;
- Opor-se ao nacionalismo e materialismo;
- Utilizar objetos do dia a dia nas obras.
Na literatura dadaísta, uma característica de grande destaque é o uso da agressividade verbal com o intuito de desconstruir o modelo padrão. O uso de palavras desordenadas era uma das bases da construção de poesias, além do foco no nonsense e na incoerência textual.
A colagem também foi uma prática utilizada pelos artistas dadaístas para expressar a racionalidade nos poemas.
No Brasil, o Dadaísmo não possuiu influência direta na produção dos artistas, sendo mais fácil de perceber a continuação de seu movimento com os surrealistas.
Na teoria, o Dadaísmo teve seu fim em 1922, mas o movimento ainda serviu de inspiração para as vanguardas posteriores. Inclusive, alguns dos protagonistas dadaístas se juntaram ao surrealismo subsequente.
Quais foram os principais artistas do Dadaísmo?
![Dadaísmo](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Dadaismo.jpg)
Entre os vários artistas que se integraram ao movimento dadaísta, os mais importantes foram:
- Francis Picabia – pintor e escritor francês;
- Hans Arp – poeta e pintor alemão;
- Marcel Duchamp – pintor e escultor francês;
- Max Ernst – pintor e escultor alemão;
- Raoul Hausmann – poeta e artista plástico austríaco;
- Richard Huelsenbeck – escritor e psicanalista alemão;
- Sophie Täuber – artista plástica suíça;
- Tristan Tzara – poeta romeno.
Uma das obras mais marcantes do Dadaísmo é “A Fonte”, de 1917, de Marcel Duchamp, que se trata de um mictório de porcelana branco, sem encanamento.
Esse pintor e escultor foi um artista dadaísta bastante curioso, pois além de atribuir a condição de arte aos objetos, também reinterpretou o Cubismo à sua maneira, tendo seu interesse voltado apenas pelo movimento das formas.
Duchamp é lembrado por criar a tela de “Mona Lisa com bigodes”, demonstrando seu desprezo pela arte clássica, que também contou com obscenidades rabiscadas.
Outras obras que foram notórias no Dadaísmo são:
- A Roda de Bicicleta (1913) – Marcel Duchamp;
- Glass Tears (1932) – Man Ray;
- Mustache Hat (1932) – Hans Arp;
- Prelude to a Broken Arm (1915) – Marcel Duchamp;
- The Large Glass (1915-1923) – Marcel Duchamp;
- Ubu Imperator (1923) – Max Ernst.
A desconstrução dos conceitos da arte tradicional foi a finalidade alcançada pelo Dadaísmo.
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