Pop Art – O que é? Características, Surgimento e o movimento no Brasil

A Pop Art (abreviação de Popular Art) foi um movimento artístico que surgiu nos Estados Unidos e na Inglaterra em meados da década de 50, ganhando bastante notoriedade na década de 60.

Os artistas da Pop Art valiam-se de elementos da cultura popular, a cultura de massa, e transformavam-nos em obras de arte. Os artistas usavam várias técnicas para a criação das obras, como pintura, serigrafia, colagem, fotografia, etc., e incorporavam nelas elementos do universo da propaganda, da televisão, das histórias em quadrinhos, da publicidade, do cinema, etc.

Os materiais utilizados também eram vários, indo desde tinta acrílica até látex e poliéster. Confira mais a respeito de como surgiu este movimento e quais os seus principais representantes, aqui no Gestão Educacional!

Pop Art

Pop Art e a crítica ao consumismo desenfreado

A crítica principal era justamente à sociedade de consumo e à massificação da cultura que se instauraram no mundo, em especial nos Estados Unidos, no período pós-guerras.

É dessa época o “American way of life” (modo de vida americano), que defendia basicamente que, com trabalho duro e determinação, as pessoas poderiam ganhar dinheiro para poder consumir a maior quantidade de cultura, arte e produtos diversos.

Criou-se, portanto, um ambiente extremamente competitivo e consumista. Os produtos consumidos poderiam até mesmo não ter valor de uso, mas ainda assim era importante comprá-los, uma vez que isso definia a posição social que a pessoa ocuparia.

Surgimento da Pop Art

Há um consenso de que a primeira obra da Pop Art foi uma colagem realizada pelo britânico Richard Hamilton, em 1965, chamada Just what is it that makes today’s home so different, so appealing? (O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?), o que mais tarde o daria o título de Pai da Pop Art.

Portanto, diferente do que se pensa, a Pop Art não surgiu nos Estados Unidos, por mais que o movimento tenha se desenvolvido com mais intensidade neles, mas sim na Inglaterra.Pop ArtA obra conta com uma série de recortes, de diversas revistas da época. Além dos objetos de consumo e da poluição visual de propagandas, há, na cena representada, um bodybuilder, Irvin “Zabo” Koszewski, e uma modelo, provavelmente Jo Baer, que posara nua na juventude.

Outra figura de bastante relevância no movimento foi o americano Andy Warhol. O artista americano, também cineasta, fazia uso especialmente de produtos de consumo e rostos de personalidades famosas, como Marilyn Monroe, Che Guevara, etc. Suas obras dialogavam diretamente com o público em geral e eram de fácil apreciação.

Uma das características mais marcantes das obras de Warhol é o uso da repetição, assim como na publicidade e na propaganda. Ele pegava uma imagem e repetia-a diversas vezes, para ter um impacto visual maior. A ferramenta mais utilizada por ele era a fotografia, que o artista julgava suficiente para os propósitos da Pop Art. As cores utilizadas são sempre vivas, vibrantes, sintéticas e agressivas, mas visualmente agradáveis e positivas, inspiradas na indústria de consumo.

Pop Art no Brasil

O movimento chegou ao Brasil na década de 60. Os artistas, entretanto, não levavam todos os aspectos da Pop Art a sério, apenas as técnicas utilizadas nelas, especialmente a reprodução em série.

O movimento foi um forte aliado ao combate à censura da Ditadura Civil-militar brasileira. Ele foi concomitante com o movimento Nova Figuração, surgido também em 1960, em que se fazia uso da iconografia urbana e das cores também com forma de crítica ao regime militar.

Pop Art

No Brasil, as obras de Pop Art não denunciavam necessariamente a sociedade consumista, mas sim a tortura, a violência, a repreensão e a alienação na época da ditadura. O apelo visual das obras também era grande, justamente com o intuito de atrair a atenção das pessoas, assim como ocorre nas propagandas.

Formado em Letras Português/Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com foco em Teoria da Literatura, Literatura Brasileira, Poesia e Tradução, é editor da WebGo Content e tem experiência com revisão, redação para web e gerenciamento de pessoas.

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