Pteridófitas – O que são? Características e Importância Ecológica
O Reino Plantae é composto por quatro grupos de vegetais chamados de Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Depois das Briófitas, as Pteriófitas são o segundo grupo de plantas em grau de complexidade.
Elas datam do Período Carboníforo, aproximadamente 358,9 milhões de anos atrás. O número de espécies conhecidas é de cerca de 10.500 e sua diversidade diminui com o aumento da latitude. No Brasil, o número de espécies é estimado entre 1200 e 1400.
Entre os representantes mais conhecidos estão a samambaia e a avenca, e são elas as utilizadas como modelo para explicações sobre o ciclo de vida e reprodutivo deste grupo.
O que são Pteriófitas?
![Pteridófitas](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/05/Pteridofitas.jpg)
As Pteridófitas correspondem a um grupo ancestral das plantas vasculares (i.e. que possuem vasos condutores de seiva), que não possuem flores e que foram as primeiras a conter órgãos verdadeiros na sequência evolutiva das plantas.
Atualmente, o grupo é dividido em quatro filos: Psilophyta, Lycopodiophyta, Equisetophyta e Polypodiophyta.
Características das Pteriófitas
![Pteridófitas](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/05/Pteridofitas3.jpg)
Estrutura
Em relação ao grupo anterior, as briófitas, as pteridófitas adquiriram tecidos para condução de seiva e fase de esporófito dominante. Os tecidos que conduzem seiva são chamados de xilema, que transportam água e sais minerais das raízes para as outras partes do corpo (também chamado de seiva bruta), e o floema, que transporta açúcares e outros compostos orgânicos (também conhecido por seiva elaborada) das folhas para os demais órgãos.
Como dito anteriormente, estas plantas possuem os órgãos verdadeiros, ou seja, raiz, caule e folha. Sua estrutura corporal mais conhecida é epífita, desenvolvendo-se sobre outras plantas.
Em relação ao tamanho elas variam entre centímetro a 25 metros.
Habitat
As pteridófitas ainda possuem ligação estreita com a água, preferindo locais úmidos e escuros – por conta disso, são muito abundantes em regiões tropicais.
Na Costa Rica por exemplo, estima-se que há cerca de 900 espécies. No Brasil, há diversas espécies nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
Apesar de a maioria delas ser de pequeno porte, há algumas espécies que chegam a quatro metros de altura e habitam matas úmidas. Além disso, são capazes de viver em água doce, como a espécie Salvina molesta, e apenas poucas espécies são encontradas em locais secos e/ou frios.
Ciclo de vida
A pteridófita mais comumente usada como modelo para explicar o ciclo de vida deste grupo é a samambaia. Essas plantas possuem alternância de gerações, assim como as briófitas.
A samambaia conta com esporângios localizados na porção inferior das folhas – são aqueles pontos marrons que surgem de tempos em tempos, chamados de soro.
O conjunto de soros forma os esporângios. Quando estão maduros, estes se abrem e liberam os esporos, as células reprodutivas das pteridófitas, e se desenvolvem formando uma estrutura chamada de protalo.
O protalo pode dar origem a um anterídio (estrutura reprodutiva masculina) ou a um arquegônio (estrutura reprodutiva feminina). Os anterídios formam os anterozoides que irão fecundar a oosfera (produzida pelo arquegônio), formando um zigoto que se desenvolverá em um esporófito diploide (2n). Esse esporófito dará origem a esporos haploides (n).
Reprodução
A reprodução deste grupo pode ser assexuada ou sexuada. A primeira ocorre pelo brotamento – o rizoma, surgem brotos vegetativos que irão se desenvolver em raízes e folhas.
Já a segunda é quando os anterídios maduros liberam aos anterozoides (que possuem flagelo), que nadam para encontrar o arquegônio e fecundar a oosfera, formando, assim, o zigoto. Por mitose, o zigoto se desenvolve e dá origem aos órgãos.
Importância ecológica
As pteridófitas são importantes para a sucessão ecológica, pois são as primeiras espécies a colonizarem o novo ambiente depois de um desmatamento ou quando há uma clareira na floresta, criando condições para que plantas de maior porte possam se desenvolver.
![Pteridófitas](https://www.gestaoeducacional.com.br/wp-content/uploads/2019/05/Pteridofitas2.jpg)
Importância econômica
Este grupo não representa grande parte da economia, sendo poucas espécies utilizadas para alimentação e medicina. Seu maior uso é para ornamentação de vasos e jardins.
Algumas espécies são também usadas por pesquisadores como modelos para o ensino de genética e para pesquisas na área.
A espécie Salvinia molesta, que citamos acima, é uma planta aquática invasora que vem causando prejuízos ecológicos e econômicos em lagos da África após ter sido introduzida no país.
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