Fases da Espermatogênese Humana – Proliferação, Crescimento, Maturação, Espermiogênese

Entenda o que é a Espermatogênese Humana e conheça suas quatro fases: proliferação, crescimento, maturação e espermiogênese!

A espermatogênese humana desempenha um papel crucial na reprodução dos seres humanos, garantindo a produção de gametas masculinos viáveis ​​e geneticamente diversificados.

Entenda a espermatogênese humana

Fases da Espermatogênese Humana - Proliferação, Crescimento, Maturação, Espermiogênese (Imagem: FreePik.com)
Fases da Espermatogênese Humana – Proliferação, Crescimento, Maturação, Espermiogênese (Imagem: FreePik.com)

A espermatogênese humana é um importante processo para a reprodução, pois ela garante a perpetuação da espécie humana. É na espermatogênese que os espermatozoides (gametas masculinos) são formados. O início da espermatogênese é estimulado pelo hormônio testosterona e acontece nos testículos (saco escrotal).

A espermatogênese começa na puberdade e vai até a morte. Apesar do processo acontecer de forma não sincronizada no túbulo seminífero, os gametas são produzidos em ondas sincronizadas. O ciclo da espermatogênese dura aproximadamente 64 dias.

Fases da espermatogênese

Como dito anteriormente, a espermatogênese é um processo demorado que leva de 64 a 74 dias para ser concluído. Esse processo é dividido em quatro etapas. A primeira fase, mitose espermatogônia, leva até 16 dias. O segundo estágio, a primeira meiose, leva até 24 dias.

O terceiro estágio, a segunda meiose, leva aproximadamente 8 horas para ser concluído. Finalmente, a quarta etapa, a espermiogênese, leva até 24 dias para terminar.

Entenda a seguir, como acontece as 4 fases da espermatogênese. São elas: proliferação, crescimento, maturação, espermiogênese.

Proliferação ou multiplicação

É um estágio germinativo que acontece por meio das espermatogônias (células produtoras de esperma). Uma célula germinativa se desenvolve a partir da espermatogônia. A espermatogônia se divide em duas células (mitose) e começa a produzir os espermatozoides.

As espermatogônias recebem nutrição e suporte das células de Sertoli localizadas nos túbulos seminíferos. Após a puberdade, a fase de multiplicação torna-se mais pronunciada e persiste por toda a vida do homem.

Crescimento

Com o crescimento das espermatogônias, os espermatócitos primários se dividem repetidamente para formar inúmeras células. Os espermatócitos primários tornam-se diferenciados em espermatogônias secundárias durante o estágio secundário.

Maturação

Durante a fase de maturação, os espermatócitos primários iniciam a primeira divisão por meiose, produzindo duas células-filhas haploides (n = 23 pares de cromossomos) chamadas de espermatócitos secundários. Embora agora sejam haploides, os cromossomos dos espermatócitos secundários ainda estão duplicados.

E só na divisão seguinte é que os espermatócitos secundários sofrem mitose e formam numerosas células müllerianas ou intersticiais. As células müllerianas ou intersticiais se desenvolvem nos espermatozoides, que estão prontos para a ejaculação.

Espermiogênese

É nesta fase que as espermátides são transformadas em espermatozoides. Este processo é chamado de espermiogênese, e se divide em 4 etapas:

  • Golgi: o acrossoma e a cauda do espermatozoide se desenvolvem nesta etapa inicial da espermiogênese;
  • Capuz: o flagelo é projetado após o acrossoma criar uma espécie de capa em torno da porção anterior do núcleo;
  • Acrossoma: há um reposicionamento do acrossoma, que passa a cobrir quase todo o núcleo;
  • Maturação: as mitocôndrias que vão garantir a energia para que a movimentação do flagelo aconteça.

Patologias que podem afetar a espermatogênese

A infertilidade masculina pode surgir a partir de vários problemas com a espermatogênese e a qualidade do sêmen, ou obstruções no caminho que o esperma segue da produção até as trompas de falópio. Várias doenças podem levar à disfunção reprodutiva masculina, incluindo:

Varicocele

É uma patologia conhecida por causar azoospermia não obstrutiva causada por fatores genéticos e problemas circulatórios que afetam o escroto. A doença afeta as válvulas da rede venosa responsável por irrigar o cordão espermático, levando à falta de fluxo sanguíneo nessa área.

Se não forem tratadas, as veias varicosas da varicocele podem elevar a pressão e a temperatura na estrutura, levando à diminuição da formação de espermatozoides nos túbulos seminíferos e a uma quantidade reduzida de células reprodutivas no ejaculado.

Caxumba

A caxumba é uma doença viral que pode infectar crianças e adultos. O vírus se espalha pelo ar ou pelo contato direto com a saliva dos indivíduos infectados e afeta principalmente as glândulas salivares, causando danos.

Nos homens (adultos ou meninos), a caxumba pode “descer” e atingir os testículos, causando a orquite, um processo inflamatório local. Essa condição pode destruir o epitélio germinativo das glândulas, prejudicando a formação dos espermatozoides e causando infertilidade por azoospermia não obstrutiva.

No entanto, é importante observar que só prejudica a fertilidade masculina em casos a partir da puberdade. Apesar de ser uma doença bem conhecida, a caxumba só oferece risco à fertilidade em casos específicos.

Torção do cordão espermático

Praticar atividade física de maneira intensa ou o impacto súbito na área podem fazer com que o cordão espermático de um testículo se torça, levando à torção. Tal ocorrência pode impedir o fluxo sanguíneo para o testículo e aumentar o risco de necrose e perda testicular.

É fundamental procurar atendimento médico prontamente caso surjam sintomas específicos, como dor intensa e inchaço na região testicular após vivenciar tais situações.

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Referência

Larsen embriologia humana / Gary C. Schoenwolf … [et al.] ; coordenação Cristiano Carvalho Coutinho ; tradução Adriano Zuza , Alcir Fernandes. ‑ 5. ed. ‑ Rio de Janeiro : Elsevier, 2016.

Jornalista formada pela Universidade Veiga de Almeida, Pós-graduanda em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais (pela IBMR) e Bióloga graduada pela Unigranrio. Interessada em tudo que envolve a escrita e os meios digitais.

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