Heitor Villa-Lobos – Quem foi? Biografia e Principais Obras

Heitor Villa-Lobos foi uma das figuras mais importantes da história da música brasileira. Compositor, instrumentalista, professor de música e regente, Villa-Lobos despejou talento na cultura popular e regional.

Sendo também reconhecido como o mais importante maestro do Brasil, essa personalidade passou por vários eventos únicos em sua vida, que merecem ser contados.

Confira, a seguir no Gestão Educacional, mais a respeito da vida e obra dessa personalidade histórica.

Quem foi Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos nasceu no dia 5 de março de 1887, no Rio de Janeiro, fruto da relação entre Raul Villa-Lobos, um músico amador e funcionário da Biblioteca Nacional, e Noêmia Umbelina Santos Monteiro.

Infância

Logo em sua infância, Heitor Villa-Lobos entrou em contato com a música. Graças ao pai, ele iniciou sua formação musical, dedicando-se ao violão e ao violoncelo aos seis anos de idade.

Foi sua tia que fez com que Heitor tivesse contato com a obra de J. S. Bach, tornando este último uma referência musical muito importante para o rapaz e seu futuro, sendo apresentado a ele os Prelúdios e Fugas do Cravo bem temperado do compositor alemão.

Villa-Lobos foi ensinado a reconhecer aspectos de caráter, gênero, estilo, origem e ruídos musicais ainda com pouca idade. Mais tarde, foi morar com a família no interior do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, conhecendo os tocadores de viola e os sons caipiras.

Quando voltou ao Rio de Janeiro, Heitor se interessou pelos “chorões” – nome dado aos músicos que tocavam em festas e durante o carnaval.

Juventude

Em 1905, já em sua juventude, Heitor Villa-Lobos começou a percorrer o país: para isso, vendeu a biblioteca que era tão valiosa para seu pai (que faleceu em 1899) e passou a se familiarizar com o tema da música popular.

Foi nesse momento que Heitor conheceu inúmeros instrumentos brasileiros, com as cantigas de roda e com os músicos repentistas do Nordeste.

Durante alguns bons anos, Villa-Lobos fez anotações de mais de mil temáticas folclóricas – tudo daquilo que ele conhecia e das expressões artísticas naturais do povo.

O percurso de Heitor incluiu os estados do Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. Quatro anos mais tarde, o destino alcançado foi no interior do Paraná, onde tocou violão e violoncelo.

Nos anos de 1911 e 1912, o jovem fez um percurso que abrangeu várias cidades do interior das regiões Norte e Nordeste.

Heitor Villa-Lobos

Tudo o que Villa-Lobos absorveu em suas viagens influenciou suas composições, ou seja, cada obra sua apresentava traços brasileiros claros.

Em 1913, Heitor Villa-Lobos retornou ao Rio de Janeiro e, nesse mesmo período, casou-se com a professora de música e pianista Lucília Guimarães.

Carreira

Em 1922, Heitor Villa-Lobos participou da Semana de Arte Moderna de São Paulo, onde se apresentou no Teatro Municipal com obras de sua autoria na primeira audição.

Depois desse ano, o artista começou a ganhar reconhecimento em seu trabalho – que se caracterizava pela ligação com o tema nacionalista e modernista que presidiu a Semana de Arte Moderna.

No ano de 1923, Heitor foi morar em Paris, na França, por um período de um ano. Durante seu tempo na Europa, seu trabalho foi bastante aclamado.

Um segundo retorno à Europa foi feito de 1927 a 1930, o que fez com que seu prestígio fora do Braisl fosse ainda maior, com apresentação de suas composições em recitais e regendo orquestras em várias capitais europeias.

No Brasil, sua volta fez com que Heitor realizasse uma turnê por cerca de 66 cidades, para apresentar suas obras.

Em 1936, em uma viagem a Berlim, com a companhia de Arminda Neves d’Almeida, professora de música, Villa-Lobos enviou uma carta terminando seu casamento com a pianista Lucília. Seu relacionamento com Arminda, que era quase 20 anos mais nova que Heitor, durou até o fim de sua vida.

Academia Brasileira de Música

Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos foi o responsável pela fundação da Academia Brasileira de Música (ABM), em 1945, tendo como base a Academia Brasileira de Letras e a própria Academia Francesa.

Todos os direitos autorais de Villa-Lobos ficaram para a ABM, conforme ditado em seu testamento. Até sua morte, que ocorreu em 1959, Heitor Villa-Lobos foi o presidente Academia.

Nos dias atuais, ele tem o título de Grande Benemérito da ABM. O Museu Villa-Lobos, fundado em sua homenagem, se localiza no Rio de Janeiro.

Principais obras de Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos deixou um imenso legado de seu trabalho: são cerca de 700 peças dentro de diversos gêneros e para inúmeras formações vocais e instrumentais.

São composições de destaque de Villa-Lobos:

  • Bachianas brasileiras (incluindo o famoso “O Trenzinho Caipira”);
  • Cair da tarde;
  • Evocação;
  • Melodia sentimental;
  • Miudinho;
  • O Canto do Uirapuru;
  • Quadrilha.

Todo o seu trabalho está devidamente protegido nas mãos da ABM e do Museu Villa-Lobos.

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pós-graduanda em Negócios Digitais. Tem mais de 600 artigos publicados em sites dos mais variados nichos e quatro anos de experiência em marketing digital. Em seus trabalhos, busca usar da informação consciente como um instrumento de impacto positivo na sociedade.

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