Predatismo e Parasitismo – Conheça estes fatores de regulação populacional

Conheça aqui dois dos fatores de regulação populacional: o Predatismo e o Parasitismo! Você sabe apontar a diferença entre ambos?

No meio ambiente existem diversos fatores limitantes que afetam o equilíbrio do ecossistema, entre eles destacamos o predatismo e o parasitismo.

Entenda o que são fatores limitantes

Predatismo e Parasitismo - Conheça estes fatores de regulação populacional (Imagem: Thomas Evans/Unsplash)
Predatismo e Parasitismo – Conheça estes fatores de regulação populacional (Imagem: Thomas Evans/Unsplash)
Fatores limitantes de crescimento populacional são quando determinadas ações de uma ou várias espécies podem afetar a regulação populacional e, com isso, alteram de alguma forma o equilíbrio do ecossistema. Separamos dois fatores importantes: Predatismo e Parasitismo.

Predatismo

O predatismo ocorre quando uma determinada espécie (predadora) mata outra para se alimentar (presa). Isso é muito comum na natureza, mas tal ação pode causar um desequilíbrio no ecossistema.

Exemplo: Um guepardo capturará os antílopes menos velozes. Da mesma forma, os guepardos que não forem suficientemente velozes terão mais chance de morrer de fome.

Tal “escolha” se dá por seleção natural e, caso haja um excesso de guepardos que não conseguiram capturar suas presas, eles morreram e isso afetará diretamente o crescimento populacional da sua espécie, já que haverá um aumento de guepardos mortos, o que pode levar a um desequilíbrio do ecossistema.

Parasitismo

O parasitismo, por sua vez, é quando uma espécie (parasita) se instala em outra espécie (hospedeira) para se alimentar, ou seja, para de alguma maneira adquirir vantagens. Mesmo não causando a morte do hospedeiro, o parasita enfraquece diversas funções orgânicas.

Os parasitas podem ser encontrados em diferentes organismos e pode instalar-se tanto na parte externa (ectoparasita) quando na interna do hospedeiro (endoparasita). Não permitir que o hospedeiro morra é fundamental para o predador, já que ele precisa do hospedeiro para se alimentar e se manter vivo.

Predatismo x Parasitismo

Para diferenciar um fator do outro, é simples: no predatismo, o predador mata a presa para se alimentar; já no parasitismo, o parasita precisa que seu hospedeiro esteja vivo para que ele possa se alimentar e se manter vivo.

Como o predatismo e o parasitismo afetam o ecossistema?

Como dito anteriormente, o predatismo e o parasitismo são dois fatores importantes que afetam diretamente o equilíbrio do ecossistema. Isto ocorre porque ambas ações regulam o crescimento populacional.
No entanto, o resultado desta regulação dependerá da quantidade de espécies envolvidas nas ações limitantes desempenhadas em um determinado ecossistema.
Por exemplo, se em um determinado habitat o número de presa ou de hospedeiro estiver em excesso, o predatismo e o parasitismo ajudam a diminuir o número destas espécies, evitando a superpopulação.
Entretanto, se a quantidade de presas ou de hospedeiros estiver baixa, o predatismo e o parasitismo são nocivos e podem tornar as espécies extintas.

Controle biológico

Utilizar organismos vivos como parasitas e predadores é uma maneira eficaz de controlar a infestação de pragas e com isso diminui o uso de pesticidas químicos. Por isso, o uso de predatismo e parasitas é considerado um importante método de controle biológico, já que estes organismos controlam as pragas naturalmente.

Como se sabe, os parasitas são seres que sobrevivem às custas de outros organismos, os hospedeiros. Uma vez que são introduzidos em um ambiente infestado por pragas, eles atuam no controle biológico, já que vão se alimentar e tirar recursos para garantir sua sobrevivência através dos hospedeiros, neste caso, as pragas.

No caso do predatismo, ao introduzir organismos predadores em uma região afetada por pragas (insetos, por exemplo), eles iram se alimentar das pragas presentes no local onde estão inseridos.

Embora estas estratégias sejam assertivas, já que preservam o meio ambiente e a saúde humana, é importante dizer que existem alguns riscos. Quando um organismo é introduzido em um habitat ao qual ele não pertence, ele assume a posição de invasor e isso pode trazer mais danos para o ecossistema do que benefícios.

Para evitar que este tipo de situação aconteça, o ideal é que seja feita uma análise da região afetada para identificar a melhor maneira de usar o controle biológico.

Outras formas de regulação populacional

O controle biológico não é o único método de fazer a regulação populacional em um ecossistema. Existem outros meios como competição intraespecífica, por exemplo. Quando indivíduos da mesma espécie competem por recursos (água, alimento, etc.), a probabilidade é que os indivíduos mais aptos sobrevivam.

E se, por acaso, os recursos ficarem escassos em um habitat, essa competição aumenta e provavelmente a espécie terá seu número reduzido naquele ambiente. Neste caso, pode-se dizer que a relação intraespecífica atuou como controle biológico.

Outros fatores, como doenças, competição inter-específica, mudanças ambientais e climáticas também afetam o controle populacional. Em ambas as situações pode haver a escassez de recursos fundamentais para sobrevivência da espécie.
Esta escassez interfere no ciclo reprodutivo através da ausência de parceiros e aumenta a taxa de mortalidade.

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Referência

LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 3. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016

Jornalista formada pela Universidade Veiga de Almeida, Pós-graduanda em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais (pela IBMR) e Bióloga graduada pela Unigranrio. Interessada em tudo que envolve a escrita e os meios digitais.

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