Anelídeos – O que são? Funções, Características, Reprodução e Exercícios

É muito comum encontrarmos uma grande variedade de pequenos animais quando cavamos o solo. Muitos são invisíveis a olho nu, mas há alguns que estamos acostumados a ver, como a minhoca.

Ela habita o solo subterrâneo porque sua pele é muito sensível à luz solar. Quando deixamos o solo exposto, muitas morrem, devido à dessecação. No entanto, esses organismos são de extrema importância para a fertilidade do solo.

A minhoca é classificada no filo Anelídeo, ou Anellida, o que indica que anelídeos são organismos de corpo segmentado, que são divididos em três grandes grupos: poliquetas (muitas cerdas ao longo do corpo), oligoquetas (poucas cerdas ao longo do corpo) e hirudíneas (sem cerdas).

O que são anelídeos?

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O nome Anelídeos vem do latim annellus = anel, representando o corpo segmentados desses animais. Eles podem habitar o ambiente aquático (de água doce ou salgada) e o ambiente terrestre úmido.

Funções dos anelídeos

Os anelídeos desempenham importantes papéis ecológicos. A minhoca, por exemplo, por se alimentar de detritos e restos orgânicos, produz fezes ricas em nitrogênio, fósforo e potássio, macronutrientes fundamentais para o desenvolvimento das plantas.

Esses organismos também ajudam na aeração do solo, revolvendo-o, enquanto se locomovem em túneis.

Características dos anelídeos

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Evolutivamente, os anelídeos são invertebrados, classificados próximos ao nematelmintos, mas apresentam características mais complexas. Sua classificação sistemática é determinada pelos seguintes atributos: simetria bilateral, triblásticos (presença dos três folhetos embrionários), celomados, protostômios (forma-se primeiro a boca e depois o ânus durante o desenvolvimento embrionário) e trato digestivo completo (boca e ânus).

O corpo é revestido internamente por uma cavidade preenchida por líquido, o celoma, que dá sustentação ao organismo. Já externamente, é revestido por uma cutícula fina e úmida, apresentando, ao longo do corpo, cerdas de quitina curtas (que auxiliam as espécies terrestres a se fixarem ao substrato), ou cerdas longas (que facilitam a natação das espécies aquáticas).

Além disso, são metaméricos, ou seja, o corpo é dividido em unidades repetidas. O segmento frontal é chamado de prostômio e corresponde à cabeça do animal, onde se localizam os órgãos sensoriais. O último segmento é chamado de pigídio, região que contém o ânus.

O sistema digestório é completo, com entrada e saída de alimentos. Eles apresentam papo, moela e ceco intestinal. O alimento é armazenado no papo, direcionado à moela para a trituração e absorvido no intestino.

O sistema circulatório é fechado, pois ocorre dentro dos vasos sanguíneos e órgãos do sistema. O sistema excretor consiste em um par de nefrídeos em cada segmento. Essas estruturas são túbulos enovelados ao redor dos vasos sanguíneos e desembocam em um funil ciliado, o nefróstoma, que se abre no líquido celômico para retirar as excretas internas e as secretam na outra extremidade localizada na superfície corporal, o nefridióporo.

Não há sistema respiratório, portanto, as trocas gasosas são feitas pela pele, possibilitada, revestimento fino e úmido, ou pelas brânquias (em animais aquáticos).

O sistema nervoso consiste em um gânglio dorsal e em vários outros espalhados em cada segmento, que se ligam por um cordão nervoso. Esses organismos possuem, também, receptores que captam a intensidade de luz.

Reprodução

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Oligoquetas e hirudíneos, geralmente, são hermafroditas, pois possuem ambos os aparelhos reprodutores. Mas, a fecundação é sexuada, por meio da troca de sêmen quando os indivíduos se emparelham e se fecundam mutualmente.

a maioria das espécies de poliquetas tem o sexo separado.

Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas pela USP (2016 e 2018), tem 25 anos e é apaixonada pela natureza e por explorar o mundo. Quando não está se aventurando por aí, gosta de aquietar as pernas com livros e séries.

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