Dá-se o nome conjunção a uma classe de palavras cuja função é estabelecer uma relação entre duas orações ou dois termos de uma mesma natureza. As conjunções são divididas em dois grupos: as conjunções coordenativas e as conjunções subordinativas.
A divisão, porém, não para aí: as conjunções coordenativas são divididas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, enquanto que as conjunções subordinativas são divididas em causais, concessivas, condicionais, finais, temporais, consecutivas, comparativas e integrantes.
Neste artigo, trataremos de um tipo particular de conjunção coordenativa: o das conjunções adversativas. Confira!
Caso você não seja familiarizado com as conjunções coordenativas, confira antes este nosso artigo a respeito delas.
As conjunções coordenativas adversativas têm uma função bem clara e fácil de compreender: relacionar informações contrastantes. Ou seja, elas ligam dois termos ou duas orações indicando contraste entre elas.
Confira o exemplo abaixo para compreender melhor:
Neste exemplo (1), temos duas orações: a) “todos falam de ajudar o próximo” e b) “poucos realmente ajudam”. Entre elas, temos a conjunção coordenativa adversativa “mas”, estabelecendo uma relação entre ambas.
Perceba que a relação entre as duas orações é de contraste: a primeira informação é a de que ajudar o próximo é uma preocupação aparente da maioria das pessoas (ou de todas elas, numa visão mais generalista). A segunda oração, porém, apresenta uma informação oposta, criando um contraste: apesar de todos dizerem se preocupar, poucos são os que realmente se mexem na hora de ajudar o próximo.
Parte do contraste é fruto da própria oração. Porém, a principal responsável é a presença da conjunção adversativa. Isso porque, no caso das orações coordenadas, não há subordinação de uma para com a outra (como ocorre nas orações subordinativas): ambas as orações possuem significado próprio e individual.
Retomando o exemplo (1), podemos notar que as orações ligadas pela conjunção adversativa poderiam ser ditas individualmente. Poderíamos dizer, por exemplo, apenas “todos falam de ajudar o próximo” ou apenas “poucos realmente ajudam [o próximo]”.
Um detalhe importante, que merece destaque, é a obrigatoriedade da vírgula antes de uma conjunção coordenativa adversativa. Logo:
São conjunções adversativas as seguintes, segundo os gramáticos Rocha Lima (1996, p. 185) e Cunha & Cintra (2017, p. 594):
Confira, agora, alguns exemplos de sentenças com cada uma dessas conjunções coordenadas adversativas:
Para finalizar, reforçamos a sugestão de você que leia outros artigos do Gestão Educacional a respeito das conjunções, como o já mencionado artigo a respeito das conjunções coordenativas, que certamente aprofundará o seu entendimento no assunto!
Alexandre Garcia Peres, formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), gosta de arte, literatura, língua portuguesa, poesia e do seu gato.
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